O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), demonstrou preocupação com os efeitos das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, em especial aqueles produzidos na Bahia e destinados ao mercado norte-americano. Durante evento ontem, na Estação da Calçada, em Salvador, o petista relatou que produtores baianos estão com contratos prontos, contêineres carregados e produtos cultivados especialmente para atender às exigências do público consumidor dos EUA — agora ameaçados pelas medidas anunciadas pelo presidente Donald Trump.
“Fiz inclusive uma reunião com produtores exportadores de manga, de uvas, e todo mundo muito preocupado. Tem gente com contrato pronto para exportação de uva, com contêineres prontos. Existe uma uva, uma manga, que foi produzida especificamente nos padrões para o consumo norte-americano”, relatou o governador. Segundo ele, os produtos foram desenvolvidos com base em pesquisas que visam atender ao gosto do consumidor dos EUA, com características específicas como casca, polpa e caroço adaptados.
Jerônimo também mencionou que há contêineres de mel e pescados prontos para exportação, além da preocupação com setores como soja, milho e mineração. “A Bahia, vocês sabem, hoje é um dos dois maiores produtores de mel do Brasil, e já tem contêineres de mel também arriscado, ameaçado de não ser exportado. Agora você imagina, o mel é uma cultura produzida essencialmente por pequenos, pelo agricultor familiar.”
O governador aproveitou para criticar sanções políticas do governo norte-americano, como a suspensão de vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “A política não pode atrapalhar o mercado, a economia. Todas as vezes que vimos um se meter no outro, não deu certo”, afirmou.
Ao lado do ministro da Casa Civil, Rui Costa, Jerônimo também autorizou a Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB) a dar andamento ao aditivo contratual do Lote 1 do VLT, entre Calçada e Comércio, e ao lançamento do edital de sinalização e telecomunicações dos lotes 1, 2 e 3 do projeto.
Ainda durante o evento, o governador comentou sobre os precatórios do Fundef. “O que nós temos a pagar da educação não depende de mim, depende do governo federal, do MEC, da Justiça”, explicou, afirmando que o Estado segue cobrando a liberação dos recursos.
Sobre reforma administrativa, Jerônimo sinalizou mudanças para o início de 2026, em razão das eleições, mas negou alterações imediatas no secretariado.
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