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Alta no preço da carne preocupa baianos

“Hoje, o preço do boi está em torno de R$ 300 no frigorífico. Na fazenda, o valor é de aproximadamente R$ 290”, explicou.

12/05/2025 08h22 Atualizada há 1 mês
Por: Karoliny Dias Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia
Foto: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia

A paixão dos baianos pela carne de boi sempre foi um dos pilares da culinária local, seja em celebrações, como o tradicional churrasco de domingo, ou nas refeições do dia a dia. No entanto, a alta no preço da carne tem preocupado os consumidores, que buscam alternativas para driblar o impacto no orçamento familiar.

A equipe de reportagem da Tribuna da Bahia visitou alguns açougues da capital baiana para conferir o valor atual dos cortes de carne. Em Salvador, o preço do bife especial está em R$ 34,99 o quilo, enquanto a carne de peito com osso custa R$ 21,99 o quilo. A carne moída fresca, por sua vez, sai por R$ 26,99 o quilo. Já o acém com osso está sendo vendido por R$ 28,99 o quilo, e o mocotó congelado pode ser encontrado por R$ 11,99. O filé especial é o corte mais caro, com o quilo sendo comercializado por R$ 41,99. A linguiça de frango custa R$ 18,99, e a linguiça toscana está sendo vendida por R$ 38,59 o quilo.

Marcelo Almeida, enquanto comprava carnes para o churrasco de Dia das Mães, comentou sobre os preços elevados. "Hoje é aquele tipo de dia que você compra sem sentir, por ser um dia de comemoração. Mas, realmente, economizei nos últimos dias para poder comprar sem culpa", disse ele, reconhecendo que os preços estão cada vez mais altos.

Já o motorista Luiz Ricardo, ressaltou que a carne tem faltado cada vez mais nas refeições dos baianos, especialmente entre as famílias de baixa renda. "A gente precisa fazer malabarismos para continuar vivendo. Cada dia que passa, surge uma novidade que pesa no nosso bolso. As coisas não param de aumentar e, ao mesmo tempo, o salário não acompanha", afirmou. Ele também fez uma crítica ao reajuste anual do salário-mínimo. "O salário aumenta uma vez por ano, mas os preços aumentam durante o ano todo. É difícil acompanhar esses aumentos diários com um salário que não cresce na mesma proporção", completou.

Em entrevista à Tribuna da Bahia, Júlio César, presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do Estado da Bahia (Sincar-Ba), afirmou que, apesar da alta nos preços, a Bahia ainda é um dos estados com a carne mais barata do Brasil. Segundo ele, o boi sempre foi mais barato em estados como Mato Grosso, Pará e Goiás. "Hoje, o preço do boi está em torno de R$ 300 no frigorífico. Na fazenda, o valor é de aproximadamente R$ 290", explicou.

César destacou que a Bahia é uma grande produtora de carne, sendo responsável por 80% do consumo interno. No entanto, os preços continuam elevados devido a fatores como o custo do frete, que encarece o produto proveniente de outras regiões. "A carne de boi com osso da Bahia é mais barata do que a de outros estados. Mesmo com o custo do transporte, o preço da carne aqui ainda é inferior ao do resto do Brasil", afirmou o presidente do sindicato.

Por fim, César apontou que o aumento no preço da carne também é reflexo das chuvas que atingiram o estado, impactando a produção. "O produtor baiano está recebendo o preço mais baixo do Brasil pela carne. Porém, com as chuvas, houve uma alta no valor da arroba, o que impacta diretamente no preço final ao consumidor", concluiu. 

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