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Política CPI

Câmara de Santo Amaro quer CPI para investigar venda de estrutura metálica da cidade

Pedido foi feito pelo vereador Paulo Biólogo (Republicanos) que quer saber quem autorizou e como essa venda foi feita.

24/05/2024 09h15 Atualizada há 2 anos
Por: Karoliny Dias Fonte: Boca de Forno News
Foto: Reprodução / Redes Sociais
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Os vereadores de oposição da cidade de Santo Amaro da Purificação pediram para que fosse instalada uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), na Câmara Municipal, para investigar o desaparecimento das estruturas metálicas que ficam entre o mercado, a rodoviária e o Atacadão da cidade. A estrutura teria sido vendida para a região de Vilas do Atlântico, em Lauro de Freitas, e não se sabe para quem foi vendida. Algumas delas estaria sendo, inclusive, devolvidas, o que também será apurado.

Em entrevista ao radialista Nivaldo Lancaster, âncora do programa Rádio Total, das Rádios Paraguaçu FM e Santo Amaro FM, nesta sexta-feira (24), o vereador Paulo Biólogo (Republicanos), essa história da estrutura metálica se arrasta a um tempo na cidade. “Recebemos uma denúncia, que já havia sido feita ao Ministério Público através do vereador Agnaldo, informando o desaparecimento dessas estruturas. Ela foi formalizada e ela mostra a negociação que foi feita para poder vende-la”.

Essa estrutura teria vindo de um TAC feita no governo anterior para dar permissão a empresa Atacadão de se instalar na cidade. “A área pertence ao município, a comunidade. Recebemos a denúncia da negociação informando sobre a metragem que tinha, o valor que seria cobrado que é falado em áudio. O valor total é de R$ 700 mil. Esse interventor dividiu em duas partes para pessoas que são residentes de Lauro de Freitas e vende para essa pessoa. Uma terceira pessoa ainda entra em contato, mas não tem mais porque já havia sido toda vendida”.

A pessoa que vendeu é chamado de Ricardo, diz o vereador. “Não conhecemos essa pessoa porque ela não é da cidade, mas temos a denúncia toda formalizada. Ela aconteceu via WhatsApp e de que a negociação foi efetivada através desse interventor. De posse dessas informações, pegamos a denúncia e formalizamos a CPI. Para dar entrada nela precisamos ter um fato concreto”.

A estrutura já foi retirada e só poderia ter sido feito com ela um leilão ou doação. “Para fazer uma doação precisaria ter passado um projeto de lei pela Câmara ou a Prefeitura convocar um leilão para poder se desfazer dela. E não houve nem um e nem outro. Por isso entramos com a CPI para investigar quem autorizou essa venda, qual o interesse de estar vendendo um patrimônio público. Peculato é crime e precisamos investigar o que está acontecendo na cidade”, diz.

Todos os vereadores participarão do sorteio para participar da comissão de investigação. “Três vereadores serão sorteados para serem presidente, relator e membro. Eles serão os responsáveis pela condução da CPI e pelo relatório final. Todos participarão dos trabalhos, mas esses três convocarão os envolvidos no caso. É uma denúncia de um crime que pode inclusive dar cadeia. Não queremos fazer política com isso, mas apenas saber o que aconteceu e com que finalidade”.

Foi necessário ainda ir a Justiça para que essa CPI fosse instalada. “Precisaríamos ter o fato comprovado, a justificativa para investigado e ter no mínimo a assinatura de um terço da Câmara e foi o que aconteceu. Com todos os requisitos atendidos, automaticamente a CPI já existe. Ele só não está em funcionamento porque o presidente tem a prerrogativa de fazer o sorteio dos vereadores que vão compor a comissão. E ele disse que mandou para o jurídico dele. Isso já tem 20 dias e não houve retorno a respeito do andamento do que será feito”.

Por isso, ressalta Paulo, os vereadores foram obrigados a entrar com um mandado de segurança para poder obrigar o presidente a colocar em prática a CPI. “Ele recebeu esse mandado ontem. Ele tem 48 horas para convocar os vereadores e fazer esse sorteio para a CPI ser efetivada e dar andamento a comissão”, finalizou.

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