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Política Maragogipe

Vereador é cassado pela Câmara e tem mandato reestabelecido pela Justiça

Luizinho, cassado pelos seus colegas a Casa, foi entrevistado pelo radialista Nivaldo Lancaster e explica pelo que passou até ter o seu mandato devolvido pela Justiça.

17/04/2024 10h10 Atualizada há 2 anos
Por: Karoliny Dias Fonte: Boca de Forno News
Vereador Luizinho - Foto: Boca de Forno News
Vereador Luizinho - Foto: Boca de Forno News

O vereador da cidade de Maragogipe, Luiz Fernando Lima Ribeiro, mais conhecido como Luizinho, deu uma entrevista ao radialista Nivaldo Lancaster, âncora do programa Rádio Total das rádios Paraguassu FM e Santo Amaro FM, na manhã desta quarta-feira (17), e falou sobre a sua cassação pela Câmara Municipal e a sua recondução ao cargo.

Segundo Luizinho, desde agosto do ano passado a população tem se questionado sobre a sua cassação. “Tenho a convicção de que foi perseguição política. Quando assumi o meu mandato em 2021, sempre mantive a minha conduta de respeito aos pares políticos e a população, me dedicando a ela, fazendo uma oposição de responsabilidade. Sempre votei em projetos que viessem trazer recursos para o município e nunca me mostrei de maneira diferente”.

O vereador disse que optou por ser oposição por algumas coisas, as quais ele não disse quais era, que vinham e continuam acontecendo na cidade. “Não concordo, não comungo com algumas coisas e, no meu papel de opositor, fiz críticas tentando que a gestão corrigisse. Algumas eram corrigidas em função dessas críticas, mas outras pioravam ainda mais, não sei se por ódio. Ficou triste e infelizmente o prefeito abriu um BO contra mim. O seu chefe de gabinete entrou com uma representação na Câmara, que acatou esse desejo do prefeito e me cassaram. Isso não passa de perseguição política”.

Luizinho já foi presidente da Casa por duas vezes e está em seu terceiro mandato como vereador. “Sei da minha conduta como pessoa, cidadão e homem de bem que eu sou porque foi assim que meus pais me ensinaram. Não seria em um momento como esse que iria tentar burlar alguma coisa da administração pública ou da vida pessoal de ninguém. Essa foi a alegação da época. Eles disseram que eu invadi o sistema da Prefeitura e a Câmara acatou”.

Ele disse que sempre soube que as acusações não passavam de uma perseguição política. “Existem coisas que não podemos falar, mas eles mesmos falavam aos quatro campos da cidade. Temos essa tranquilidade e isso nunca abalou meu caráter e a minha personalidade porque tinha total convicção dos nossos atos. Meus atos são de opositor, com muita responsabilidade e procurando a todo tempo o bem estar da população maragogipana”.

São inúmeras as coisas que ele não considera que deveria ter acontecido na cidade, como por exemplo, a reforma da praça principal da cidade em que foi feita uma licitação e a empresa P4, vencedora, não colocou a placa da obra. Ela foi colocada faltando apenas oito dias de sua entrega com o valor da obra e a empresa que estava fazendo. “Isso só aconteceu porque batemos muito nisso. Isso não poderia acontecer. Como é que uma empresa ganha uma licitação para construir uma obra e notamos uma máquina do município, doada pela presidente Dilma Rousseff, que fez a demolição mecânica da praça. E o município pagou por isso e a empresa recebeu para ela fazer”.

O operador da máquina era também um funcionário da Prefeitura contratado e o combustível também pago com o dinheiro público, diz Luizinho. “Com dinheiro do suor da nossa população. Por isso não concordamos com essas atividades que essa gestão vem, de maneira cultural, praticando em nosso município. Não foi apenas com essa obra. Em quase todas as obras do município temos como afirmar que foram funcionários contratados pela Prefeitura que estavam trabalhando nelas”.

E ele denunciou essas ações. Está em andamento e a Justiça está apurando, garante o vereador. “E tem obras que foram feitos aditivos de em torno de 20% a cinco dias dela ser entregue a população. Tudo isso Maragogipe vivei e vive. Eu fazia essas observações, chamando a atenção da administração pública nos momentos oportunos e do Ministério Público. Acredito muito na Justiça. Não fico desacreditado”.

Afastado desde o mês de agosto, com a Justiça lhe dando plena condição de retornar a Câmara Municipal, Luizinho ainda não retornou as suas atividades como vereador. “Isso porque o presidente ainda não foi notificado. Não se sabe porque o presidente não é encontrado na cidade, mas temos a tranquilidade, assim como tive em todo o processo, que a qualquer momento ele será notificado e terá que cumprir o que foi determinado pela Justiça”.

Sobre os seus proventos que não recebeu durante esse tempo ainda não foi decidido. “Mas fico feliz já por ter retornado ao nosso mandato porque preciso continuar a minha luta em favor da população maragogipana, principalmente a mais carente”, finalizou.

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NegaHá 2 anos MARAGOGIPENós moradores do Rocha estamos sofrendo com uma dessas obras cara e mal feita desse prefeito incompetente Foravalnicio
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