Uma doença que afeta não só os pulmões, mas também rins, pleura e os ossos e que se não for tratada adequadamente e de maneira rápida pode ser fatal é a tuberculose. Na Bahia, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), de janeiro a junho de 2023, 2.063 casos da doença foram registrados e 72 mortes computadas.
Apesar destes números chamarem atenção, a Sesab informa que os números tiveram uma queda comparado aos casos registrados ano passado. No mesmo período, em 2022, 2.438 casos foram registrados da enfermidade, acarretando em 124 mortes ocorridas pela tuberculose.
A doença que pode ser transmitida pessoa por pessoa através do espirro, da tosse ou do falar, tem como faixa etária mais gravemente atingida as pessoas de 20 a 49 anos, na sua maioria homens, representando cerca de 68% dos casos.
De acordo com o Ministério da Saúde,70 mil novos casos da doença são registrados no país por ano. Com cerca de 4,5 mil mortes registradas devido a doença infecciosa.
Para o diagnóstico da tuberculose são utilizados exames como a baciloscopia, o exame de imagem e o teste rápido molecular. O infectologista Claudilson Bastos, que recentemente tem estado acompanhando casos de tuberculose na Central Estadual de Regulação junto a médicos residentes e universitários explicou um pouco sobre os sintomas e o tratamento da doença.
"Então, os sintomas mais comuns da tuberculose são a tosse seca, a febre e a perda de peso. Principalmente a tosse. Se passar de duas ou três semanas tossindo, já é recomendado procurar um médico para saber se há a possibilidade de ser a doença. Também gosto de reforçar que sempre que haver pacientes com possíveis casos de tuberculose, que façam o teste rápido de HIV. Pois, caso o paciente possua as duas doenças, por serem doenças sindêmicas, ou seja, uma piora a outra, o tratamento precisa ser agilizado e é diferente", pontuou o infectologista.
Sobre o tratamento, Dr. Claudilson explica que quanto mais rápido for, mais rápido pode ser curado o paciente. "Primeiro gosto de lembrar que a tuberculose tem cura. Tratando rápido, além de curar o paciente evita que ele transmita para outras pessoas, já que é uma doença infecciosa. No tratamento rápido, o paciente fica entre oito a 15 dias se recuperando. Tomando medicação de acordo com seu peso. Podendo chegar a 4 ou 5 comprimidos por dia. Em casos que já está num estágio grave, aí o paciente precisa ser internado para ser avaliado como vai ser o seu tratamento", concluiu o infectologista.
Calcula-se que, durante um ano, um indivíduo que tenha baciloscopia positiva, estando numa comunidade, ele pode infectar em média entre 10 a 15 pessoas.
A Bahia ainda enfrenta uma carga significativa de casos de tuberculose. Segundo dados do Ministério da Saúde, o estado é um dos dez maiores com o número de pessoas afetadas com a doença no país. E quando o recorte é feito para a região Nordeste, a Bahia fica na segunda colocação. Ficando atrás somente do estado de Pernambuco.
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