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COVID-19 Covid-19

Médica infectologista fala sobre sublinhagens da ômicron que vem causando uma nova onda de infecções no mundo

Iza Lobo explica o que são as variantes, como se proteger e os cuidados que cada um deve ter.

11/11/2022 09h18
Por: Karoliny Dias Fonte: Boca de Forno News
A médica Iza Lobo - Foto: Instituto Marcelo Déda
A médica Iza Lobo - Foto: Instituto Marcelo Déda

A médica infectologista Iza Lobo falou sobre uma nova sublinhagens da ômicron, que é responsável pelos casos de Covid-19 no mundo. São a BQ.1 e a xbb, que têm sido apontadas como causadoras de uma nova onda de infecções pelo novo coronavírus nos Estados Unidos e na Europa e já circula no Brasil. Elas vêm inclusive causando mortes.

Segundo a médica, já eram esperadas essas novas variantes da ômicron ou da própria cepa original do SARS COV 2. “Prova disso é que convivemos com o vírus da gripe há séculos e ainda temos novas variantes todos os anos que precisamos nos proteger nos vacinando também todos os anos para evitar o agravamento e a disseminação da doença. Com o SARS COV 2 provavelmente vai acontecer a mesma coisa”.

Ela ressalta que já saímos daquelas ondas muito grande de contágios por conta da vacina, mas as vacinas disponíveis são baseadas nas primeiras cepas do vírus. “Elas não dão a proteção plena por conta da infecção pelo vírus. As pessoas podem pegar, mas isso não quer dizer que elas vão agravar do mesmo jeito que antes. Temos no Brasil a BQ.1, mas a xbb ainda não chegou no Brasil, mas pode chegar com as viagens internacionais principalmente com essa época de Copa. É natural, é esperado que chegue”.

A BQ.1, ressalta Iza, é mais contagiosa que a última, a ômicron, mas não tem mostrado a mesma agressividade das primeiras ondas porque estamos protegidos. “Não conseguimos uma proteção para a infecção. Não conseguimos uma proteção para a infecção, mas conseguimos para o agravamento com as vacinas numa proporção grande”.

A modificação da variante vem do lugar onde o vírus se liga na célula e acontece de escapar da proteção da vacina, mas a proteção da vacina através de anticorpos para a doença continua funcionando. “Quem está com a vacinação completa com as quatro doses não tem muito com o que se preocupar. Não tem necessidade de uma quinta dose por fora. Quem tem duas doses, tem que procurar o reforço, principalmente quem tem abaixo de 40 anos que tem que ter minimamente três doses. Acima de 40 anos as pessoas devem ter a quarta dose obrigatoriamente”

A quinta dose, hoje, salienta a médica Iza Lobo, é indicada para pessoas acima de 60 anos com alguma comorbidade e que precise de uma proteção adicional. “As pessoas devem se proteger mais. Se tiver menos de quatro doses, fazer o reforço. Se tiver as quatro doses, evitar aglomeração quando for para algum lugar e usar máscara. São essas questões que precisamos estar cuidando para que uma nova onda de contágio aconteça”.

Para Iza, o Governo deve correr e se preocupar com a vacinação das pessoas que não estão com as doses de reforço em dia e estão com a proteção parcial. E cuidar daqueles que são mais suscetíveis a problemas mostrando a eles que devem evitar aglomerações nesse momento e usar máscara nesse momento complicado. Ela acredita que não há necessidade de se fechar nada e não ter, por exemplo, o Carnaval porque se houver, será uma onda pequena, mas ainda não se sabe. Por isso, é preciso fortalecer o reforço das vacinas.

“Já existe a vacina bivalente que cobre a variante ômicron também e em alguns países já estão aplicando. No Brasil não temos essa vacina. O Governo Federal não comprou. As crianças de seis meses até seis anos estão desprotegidas. Nos Estados Unidos e na Europa toda essa faixa etária já foi vacinada. É um erro do Governo Federal não acreditar na ciência. São vacinas aprovadas pela Anvisa e o Governo não compra porque tem essa posição antivacina de um modo geral”, lamenta.

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