O jogador de futebol Anderson Souza Conceição, mais conhecido como Anderson Talisca ou simplesmente Talisca, atua como atacante. Mas Talisca não tem apenas esse talento. Ele é também cantor. No meio musical é conhecido no meio musical como Spark e é considerado um dos nomes importantes no universo do trap e hip hop brasileiro. Amante da música, ele aproveitou o período de isolamento, passado na capital baiana, onde tem residência, para se lançar como cantor.
O jogador de futebol investe pesado em sua carreira musical. Ele conta que dividir-se entre a música e os campos é tranquilo. "Um coisa não atrapalha a outra e isso é o mais importante. Eu amo as duas profissões. A música começou a caminhar e a agenda está cheia de shows", disse.
Talisca acredita que nasceu com o dom da música já que sabe que precisa de coragem e talento para cantar. "O frio que sinto na barriga quando estou com o microfone na mão é o mesmo de quando o juiz apita. Essa sensação é muito boa".
Quando a carreira de jogador acabar, Talisca continuará se dedicando a música, como tem feito. Inclusive, essa é uma das estratégias que ele tem para a sua aposentadoria como jogador. "Estou planejando dar continuidade a carreira musical depois que a futebolística acabar. Ela está sendo projetada para isso, tanto é que estou fazendo tudo com cautela e bem cronometrado nesse sentido".
Para conciliar as duas carreiras, já que está com a agenda de shows lotada, Talisca disse que a música só funciona quando está no Brasil de férias. Quando ele está trabalhando com futebol, a carreira musical funciona mais de forma digital. Talisca joga no Al Nassr, time da Arábia Saudita. Ele chegou a fazer pagode e a mudança veio de forma rápida, quando gravou o Trap.
Futebol
Talisca acabou de completar 28 anos e fez uma grande temporada em seu time. Ele acredita que continuará jogando em alto nível por mais dez anos.
Jogar futebol não o impede de viver a sua vida, mas ele diz que, aqui no Brasil, o jogador não pode ir numa balada. Diferente de fora do país. "Acho que é por isso que a maioria dos jogadores que ir para fora do país porque vivem uma vida normal. Mesmo perdendo um jogo, você pode sair com sua família que o torcedor vai entender que você não perdeu porque quis. A diferença é essa, o respeito do torcedor com o jogador. Ele entende que o jogador quando não está em campo, é um ser humano normal".
Seleção brasileira
Sobre a seleção brasileira, o jogador foi convocado apenas quando jogou no futebol europeu. Ele não acredita que seja porque deixou o futebol europeu que não foi mais convocado. Quando foi para a China, Talisca disse que outros jogadores brasileiros que estavam no país foram também convocados. "Acho que questão de escolha do treinador mesmo. Ficamos chateados porque, às vezes, a escolha vem do fato do treinador gostar do jogador e não pelos números. Se fosse realmente pelos números, acho que a seleção teria hoje jogadores diferentes".
Talisca leva ainda o time do Bahia em seu coração, já que foi lá que ele iniciou a sua carreira. Esse pode inclusive o time em que ele encerrará a sua carreira.
Infância
O jogador passou parte da sua infância na Fazenda do Menor, em Feira de Santana. Ele chegou a jogar no Astro, time da instituição. Muitas pessoas reclamam que ele deveria ter ajudado mais o time onde começou no futebol.
Talisca disse que não lembra muito do tempo em que esteve na Fazenda do Menor. Ele negou que deu as costas para o Astro, até porque, quando foi vendido para o Benfica, o time pegou uma quantia em dinheiro que ele não revelou o valor. "Não posso falar a quantia que eles receberam, mas pegaram uma quantidade de dinheiro e não me deram nada. Não faz sentido essa fala de que nunca ajudei. Não guardo ressentimento porque sabia que minha carreira ia ser brilhante e por isso não quis nada".
Como menino da cidade que fez parte do projeto, Talisca acredita que o time do Astro deveria pelo ao menos ter levantado a mão e dado a ele alguma ajuda. "Pegaram a Fazenda do Menor, pintaram e falaram que ia funcionar. Hoje está lá, servindo como ponto de desova. Eu não faço parte disso", explicou.
Aposentadoria
O jogador disse que tem se preparado para a sua velhice. "Mas também não podemos ser muito conservadores porque a vida passa rápido. Tem gente que tem tudo, mas não viveu nada".
Ele disse que sempre ajuda a família e os amigos. "Se não fizer isso, Deus não abençoa".
Para os meninos que sonham em ser um jogador de futebol reconhecido, Talisca pede que eles continuem sonhando e sejam sempre humildes. "Convivi com muitas pessoas aqui em Feira de Santana, sonhei e busquei o meu sonho sem passar por cima de ninguém. Simplesmente foi a mão de Deus, o meu talento, as minhas escolhas, os meus objetivos e ser um bom filho. É isso que é o mais importante ", concluiu.
Mín. 16° Máx. 28°
Mín. 17° Máx. 28°
Tempo nubladoMín. 18° Máx. 26°
Chuvas esparsas