O artigo científico citado pelo ministro da Saúde Marcelo Queiroga na manhã desta terça-feira (4) para contestar a aprovação da Anvisa da vacina para crianças entre 5 e 11 anos, na verdade, atesta a eficácia do imunizante.
Em entrevista, Queiroga mencionou um estudo publicado no New England Journal of Medicine sobre a vacinação infantil contra a Covid numa tentativa de contestar a decisão da Anvisa de liberar o imunizante para crianças em caráter emergencial.
“Você leu o estudo que saiu publicado no New England Journal of Medicine sobre a vacina de 5 a 11 anos? Então, tem que ver”, disse o ministro aos jornalistas.
“Leia o documento que está lá. Se a gente vai tomar as decisões baseado em estudos randomizados, em ciência de melhor qualidade, ou se toma só baseado em opinião de especialista. E as vezes são especialistas que não são tão especialistas assim”, continuou o ministro ao usar o estudo para contradizer a aprovação da Anvisa, que ouviu cerca de 1.600 pessoas durante processo de avaliação do imunizante infantil.
O estudo do New England Journal of Medicine mostra, porém, que há uma eficácia de 90,7% da vacina para a prevenção de Covid-19 em crianças entre 5 e 11 anos pelo menos sete dias após a segunda dose e por pelo menos 70 dias.
Logo na apresentação dos resultados, o estudo diz que o imunizante infantil “apresentou perfil de segurança favorável”, e que “não foram observados eventos adversos graves relacionados à vacina”.
O estudo diz ainda que, após aplicação da dose infantil, “crianças de 5 a 11 anos apresentaram uma resposta de anticorpos neutralizantes em concentrações similares às observadas em adolescentes e adultos de 16 a 25 anos, preenchendo os critérios propostos de demonstração de não inferioridade”.
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