O Ministério da Defesa usa a verba destinada ao combate à pandemia para comprar filé mignon e picanha. É o que diz um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), em matéria veiculada no jornal Folha de S. Paulo.
O artigo 37 da Constituição é aquele que estabelece os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência em lidar com os recursos públicos. E sendo a Carta Magna a principal diretriz do País, tudo que nela está expresso deveria ser regiamente obedecido. Ocorre, no entanto, que o governo federal não cumpre o que indica o artigo. O Ministério da Defesa gastou dinheiro que deveria ser usado no combate a pandemia, R$ 535 mil, segundo constatação do Tribunal de Contas da União (TCU), para comprar filé mignon e picanha.
Pelo menos na seara simbólica, a aquisição desse tipo de alimento de luxo feito pela pasta representa um acinte aos brasileiros. A Covid-19 já ceifou mais 619 mil vidas. A situação econômica do Brasil é desesperadora, com milhares de famílias pegando restos de alimento no lixo para não passar fome. Se a verba estava destinada à batalha contra o coronavírus, o que o Ministério da Defesa deveria ter comprado? Vacinas? Medicamentos e aparelhos que permitissem que as pessoas em situação de UTI fossem mais bem atendidas? Cestas básicas? O que tem a dizer o ministro Braga Netto?
A pasta informa que o “relatório ainda não é conclusivo” e que “agiu no combate à pandemia”, citando outras ações, como desinfecção de locais públicos e distribuição de vacinas. Evidentemente que aqui não se está defendendo que as tropas da Marinha, da Aeronáutica e do Exército passem fome ou não tenham suas necessidades nutricionais atendidas. Porém, há de se ter consciência de dois aspectos: primeiro, o governo não pode afrontar a Constituição. Depois, também é necessário apelar novamente à consciência e não gastar dinheiro público com artigos de luxo usando verba destinada ao combate à pandemia.
Esse é mais um episódio que mostra como o governo de Jair Bolsonaro é inepto na luta contra o vírus, sem a menor sintonia e respeito às dificuldades enfrentadas pelo povo brasileiro.
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