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Câncer de próstata matou 1.367 baianos nos últimos cinco anos

Justiniano França alerta que o preconceito e a vergonha podem levar a morte.

08/11/2021 14h52 Atualizada há 3 anos
Por: Karoliny Dias Fonte: Boca de Forno News
Foto: ASCOM / Câmara Municipal
Foto: ASCOM / Câmara Municipal

A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) alerta que, nos últimos cinco anos, a Bahia registrou 6.248 óbitos por câncer de próstata. Dos 16 mil óbitos ocorridos em todo o Brasil por esta causa em 2020, 1.367 foram no estado baiano, segundo o Atlas de Mortalidade por câncer. É a segunda enfermidade que mais mata homens, atrás apenas das doenças cardiovasculares.

A secretária da Saúde da Bahia, Tereza Paim, explica que “na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas. Quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Por isso, é importante o diagnóstico precoce”, afirma.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo de neoplasia mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma, ocupando a primeira posição no país em todas as regiões brasileiras. A mortalidade por essa causa, em todo o país, aumentou cerca de 10% em cinco anos, subindo de 14.542 (2015) para 16.033 (2019).

O cuidado ao paciente com câncer envolve ações e serviços de promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento, em todos os níveis, desde a Atenção Básica até a Alta Complexidade, objetivando a integralidade da assistência, com uma oferta de serviços composta por consultas, apoio diagnóstico com exames complementares e confirmatórios além de tratamentos prolongados, de média e alta complexidade.

Quando diagnosticado inicialmente, o câncer de próstata tem mais de 90% de chances de cura. O radialista e ex-vereador, Justiniano França, é um exemplo disso. Sempre atento a sua saúde, Justiniano conta a sua história de autocuidado, após descobrir um câncer de próstata aos 55 anos. 

“Em 1984 meu pai foi diagnosticado com câncer de próstata. Esse câncer já tinha irradiado pelos ossos. Naquele tempo não se faziam exames para diagnosticar de forma prematura o câncer de próstata. A partir daí, meu pai veio a falecer.  E minha mãe disse para nós que precisamos nos cuidar quando chegássemos aos 40 anos e para ficarmos sempre fazendo periodicamente os exames em relação a isso”, relatou. 

Justiniano relata que desde os 36 anos já solicitava ao médico o exame de PSA e aos 40 anos já fazia o toque. “Em 2015 realizei a cirurgia de próstata e, como foi descoberto precocemente, não precisei passar por sessões de quimioterapia e nem de radioterapia”, disse. 

Hoje Justiniano está muito bem de saúde. “Continuo realizando sempre acompanhamento para controlar a doença. Anualmente eu continuo fazendo o PSA e o exame de toque retal. O receio, o preconceito e a vergonha podem levar a morte”, concluiu.

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