Um bate-boca entre deputados parou, por alguns minutos, a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, na noite desta segunda-feira (8). O bate-boca ocorreu durante o depoimento do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT). Ele foi o primeiro ex-titular da pasta a falar ao colegiado, que apura fraudes em descontos na folha de aposentados e pensionistas. O rombo estimado chega a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2025.
A confusão envolveu o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), e o deputado Rogério Correia (PT-MG). Em meio à troca de acusações, o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou na roda, junto com a possibilidade de condenação dele no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Não me manda calar a boca, cala você”, disparou Correia. Em seguida, provocou: “Bolsonaro na cadeia”. Sóstenes retrucou: “Você respeita o Bolsonaro”.
A discussão começou após questionamento do deputado Marcel van Hattem (Novo-RS). Ele perguntou para Lupi sobre contratos com entidades que descontam valores direto da folha dos beneficiários. Van Hattem pressionou: “Quem assina é responsável pelos seus atos, sim ou não?”. Lupi não quis responder de início. A oposição protestou, alegando que ele tinha obrigação de esclarecer.
Por causa do ocorrido, a sessão foi suspensa. Lupi consultou seu advogado e, depois da pausa, decidiu responder. Ele negou envolvimento direto nas irregularidades e disse que não pode ser responsabilizado por atos de terceiros.
O depoimento de Lupi só aconteceu após acordo que garantiu a ele a condição de convidado, não de convocado.
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