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Política Anistia

“Estou na CCJ e não vou pautar a anistia”, diz Otto Alencar

O senador Otto Alencar (PSD-BA) analisou o julgamento em andamento no Supremo Tribunal Federal.

05/09/2025 07h29
Por: Karoliny Dias Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Assessoria / Senado
Foto: Assessoria / Senado

O senador Otto Alencar (PSD-BA) analisou o julgamento em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura a tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados.

"Está no início ainda. Ele tem direito de defesa. Vi ainda a acusação do PGR. E agora os ministros devem analisar. O mínimo de juízo que alguém tiver, todo mundo sabe que ele tentou o golpe. Começou em sete de setembro. Quis intimidar o poder judiciário, o legislativo na CPI da Covid. Não tem dúvida", afirmou o senador.

Ele disse ainda que não vê espaço para aprovação de anistia no Congresso: "A verdadeira anistia quem mostra é a história. Quando o cidadão luta para destruir a democracia, não existe a anistia. Não passará nem na Câmara e nem no Senado. Estou na CCJ e não vou pautar a anistia para quem lutou para destruir a democracia".

Segundo o parlamentar, as provas contra o ex-presidente são consistentes: "Não tenho a menor dúvida que está comprovado, pelas provas irrefutáveis".

Nesta semana, a Primeira Turma da Corte ouviu as sustentações orais das defesas dos oito réus do chamado “Núcleo Crucial” da Ação Penal 2668, entre eles o próprio Bolsonaro e ex-ministros como Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. O julgamento será retomado na próxima terça-feira, dia 9 de setembro, às 9h, com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes.

O senador Otto Alencar também comentou o encontro que teve com o governador Jerônimo Rodrigues (PT), em Salvador. A reunião chamou atenção em meio às articulações políticas que movimentam a base governista com vistas às eleições de 2026, especialmente em torno da vaga ao Senado, hoje ocupada por Ângelo Coronel (PSD).

Otto, no entanto, minimizou o caráter político da conversa. “Fui lá para dar ordem de serviço. Esse negócio de Coronel só vai ser o ano que vem. Não tem nada de Coronel”, disse ao BNews. O senador destacou que o encontro tratou de obras e investimentos em áreas estratégicas do estado.

“Levando obra para a Chapada, o terminal de Tanquinho de Lençóis. E também investimentos na área de saúde. Estamos levando emendas”, explicou. Segundo ele, a visita ao governador foi rápida. “Estive lá com ele, meio-dia, e depois vim”, concluiu.

A movimentação ocorre em um cenário de disputa interna entre aliados, já que, além de Coronel, nomes como Rui Costa e Jaques Wagner, ambos do PT, também têm interesse na candidatura ao Senado em 2026.

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