O “Palavra de Médico” deste domingo (24) falou sobre trombose. Segundo o Ministério da Saúde, a trombose ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas. Esse coágulo bloqueia o fluxo de sangue e causa inchaço e dor na região. O problema maior é quando um coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, em um processo chamado de embolia. Uma embolia pode ficar presa no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, levando a lesões graves.
Ela acontece, geralmente, após cirurgia, corte ou falta de movimento por muito tempo, sendo mais frequente após procedimentos cirúrgicos ortopédicos, oncológicos e ginecológicos. Apesar de ser um problema que geralmente afeta mais mulheres, homens também podem ter trombose. Em números, quando é avaliada apenas a faixa entre 20 a 40 anos, a incidência de trombose é um pouco maior nas mulheres pela maior exposição a fatores de risco, como anticoncepcionais e gestações.
Pode ainda ser classificada de duas formas: aguda e crônica. A trombose aguda, na maioria das vezes, é solucionada naturalmente. O próprio corpo utiliza de mecanismos para dissolver os coágulos que provocam o entupimento das veias, sem deixar sequelas e sem evoluir para quadros mais graves. Já a trombose crônica ocorre quando, durante o processo de dissolução do coágulo natural, ficam sequelas no interior das veias, destruindo a estrutura das válvulas. Por conta dessas alterações nas válvulas, o retorno do sangue fica prejudicado e leva ao aparecimento de inchaço, varizes, escurecimento e endurecimento da pele, além de feridas e outras complicações.
O médico Tarcízio Pimenta a trombose tem incomodado as pessoas e levado a uma série de consequências. “É um quadro que merece um atendimento e uma assistência. A trombose nada mais é que a formação de um coagulo dentro de um vaso sanguíneo. O sangue tem vários elementos como água, glóbulos, hormônios, substâncias anti inflamatórias, plaquetas e essas estruturas podem sofrer alterações formando o trombo dentro do vaso. Pode ser um trombo venoso, dentro de uma artéria venosa, ou um trombo dentro da artéria, que chamamos de trombose arterial”.
A mais frequente é a venosa e acomete muito os membros inferiores, mas pode acontecer em qualquer lugar do corpo. “É uma má circulação, por assim dizer, que pode ser parcial ou total. O trombo pode obstruir totalmente a passagem do sangue. Nos membros inferiores, quem manda esse sangue de volta para o coração são os músculos e elas são muito comuns na panturrilha, parte de trás da perna. É uma dor súbita forte, continua, com inchaço que parece dor muscular e com o movimento pode aumentar”.
A pele pode ainda ter alteração na cor. “A pele pode ficar mais ríspida e mais escura. Se você suspeita de uma trombose, é importante fazer uma ultrassonografia dos vasos: um duplex venoso. É preciso ainda diferenciar a trombose da erisipela, que é uma inflamação causada por uma bactéria. Quem tem varizes tem mais pré-disposição a trombose por isso é importante trata-las”
Os fatores de risco para a trombose são o tabagismo, o álcool, a obesidade, o sedentarismo, o uso de anticoncepcionais, as varizes, a imobilização prolongada (viagens longas). “É muito importante parar em viagens longas a cada três horas e se movimentar para o sangue circular. Tem que se hidratar para o sangue ficar mais líquido. Cirurgias longas, pacientes que ficam muito tempo acamados também podem causar trombose”.
A prevenção vem com atividades físicas, moderar na alimentação, não ficar muito tempo parado, manter-se hidratado e evitar o tabagismo e o excesso de álcool. Além disso, o uso de meias de compressão e a atenção a medicamentos e condições de saúde que podem aumentar o risco são importantes.
Ouça o “Palavra de Médico” aqui.
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