O senador Angelo Coronel (PSD) comentou a possibilidade, ventilada recentemente nos bastidores de Brasília, de que o senador Jaques Wagner (PT) possa desistir de disputar a reeleição ao Senado em 2026 para coordenar a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à reeleição.
Questionado se esse cenário hipotético poderia resolver seus próprios entraves eleitorais, já que, nos bastidores do PT, a chapa ideal ao Senado seria formada por Wagner e pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), Coronel respondeu de forma direta, com um tom de reconhecimento ao colega petista: “Se isso acontecer, o PT e o Senado vão perder um grande senador”.
Apesar de parecer uma declaração de apreço a um aliado, o posicionamento de Coronel também sinaliza sua disposição de disputar novamente o Senado, cargo que ocupa desde 2019. Ele, no entanto, deixou clara a preferência por repetir a chapa vitoriosa de 2018, formada com Jaques Wagner, quando ambos foram eleitos com votações semelhantes: Wagner com 3.618.917 votos e Coronel com 3.331.625 votos.
“Não sou eu que vou escalar o time do PT, como também não admitimos que ninguém de fora venha escalar o time do PSD. Então, sobre a questão de Wagner ser candidato ou não, eu não tenho nenhum comentário a fazer. Só sei que o Senado perderá um grande quadro porque ele vem fazendo um grande trabalho no Senado”, afirmou Coronel, durante entrevista divulgada ontem (19) pelo Política Livre.
Caminhos
Indagado sobre a possibilidade de deixar a base do governo Jerônimo Rodrigues (PT) e migrar para o grupo oposicionista liderado pelo ex-prefeito ACM Neto (União Brasil), caso não haja espaço em uma chapa governista, o senador respondeu: “A política é muito dinâmica e que nada está descartado”.
“No momento, estamos no PSD. O PSD está na base, eu sou o soldado do meu partido. O meu partido é que vai dizer, tanto a nível nacional como a estadual, como é que nós vamos nos portar, como nós vamos seguir. Mas nada está descartado na política da Bahia”, acrescentou o senador baiano.
Já na seara nacional, ao comentar uma eventual sucessão presidencial, Coronel também endossou o nome do ministro Rui Costa, assim como havia feito o ex-ministro José Dirceu (PT), ao vê-lo como um possível herdeiro político de Lula. Além de Rui, Dirceu, considerado um petista histórico, também colocou Jaques Wagner como opção. A fala de Dirceu foi feita em entrevista ao Globo News.
“Rui tem feito lá, se desenvolveu muito em Brasília, é o ministro mais importante da República e tem todas as prerrogativas para querer, aliás, não é nem querer porque muitas vezes a gente quer e não consegue, mas pelo seu conhecimento, pela sua experiência seria também um bom quadro para substituir o presidente Lula”, completou Coronel.
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