Durante o único debate entre os candidatos à presidência estadual do PT da Bahia, o ex-presidente Jonas Paulo fez duras críticas à atual direção da legenda e ao processo de escolha das candidaturas internas. Sem citar nomes diretamente, ele condenou o apoio do senador Jaques Wagner à candidatura de Tássio Brito, apontado como sucessor de Éden Valadares, atual presidente do partido.
“No momento em que colocaram o companheiro Tasso, cinco correntes criaram um bloco contra o método da escolha, feita em espaços reservados de liderança, seja ela qual for. Porque nenhuma liderança é maior do que o PT e nenhuma liderança é maior ou pode suprimir a democracia interna desse partido”, afirmou Jonas, lamentando também a ausência da atual gestão no debate.
O ex-dirigente também criticou a tese de renovação geracional que, segundo ele, tenta desqualificar sua candidatura por já ter presidido o partido anteriormente. “Sim, nós temos que sair uma hora, mas não por decreto de pessoas, inclusive da mesma idade ou mais velho do que nós. Transição geracional? Pronto, que venha a mulher negra, suburbana”, disse, em referência à sua companheira de chapa, Elen Coutinho.
Militância
Jonas também acusou a executiva estadual de promover um distanciamento da militância e de conduzir o partido como uma estrutura burocrática. “Nós não queremos um partido de gabinete, de ar-condicionado, de assessores. Queremos um PT com cara, voz e política própria”, afirmou.
Ao criticar os resultados das eleições municipais de 2020 em Salvador, Jonas chamou de “vergonhosa” a votação da sigla e atribuiu a derrota a uma decisão “de cima para baixo”. “Veio um movimento de fora pra dentro, colocando uma candidatura de fora para dentro. E nós tivemos vergonhosos 10% dos votos, elegendo apenas um vereador”, lamentou.
Por fim, o candidato defendeu sua experiência política como trunfo para enfrentar a direita e fortalecer o partido no estado. “Desculpe, companheiro Tasso, mas quem construiu esse partido, quem pegou em arma para defender a democracia tem um papel central neste momento. A extrema direita se organiza para nos derrotar e precisamos de um partido forte para reeleger Jerônimo e sustentar nosso projeto político”, concluiu.
O candidato à presidência estadual do PT, Tássio Brito, reafirmou ontem que sua candidatura está baseada na apresentação de propostas e no diálogo respeitoso com a militância. Com apoio de nove correntes internas, movimentos sociais e lideranças políticas, ele tem percorrido a Bahia discutindo ideias e projetos para fortalecer o partido em todos os níveis. Tássio frisou que o PT é uma legenda plural, que deve manter a unidade após o processo eleitoral interno. “A disputa se encerra no dia 6 de julho. No dia seguinte, estaremos juntos contra a extrema-direita e o carlismo na Bahia”, declarou.
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