A cheia no Rio Subaé no início do mês sacudiu Santo Amaro, tanto que a cantora Maria Bethânia, filha da terra, se posicionou pedindo mais respeito com ‘o magoado Rio Subaé’. Mas segunda-feira, a juíza Emília Gondim, titular da Vara Cível da Comarca lá, traz à tona um velho problema que inferniza a vida da cidade, a contaminação por chumbo e cádmio
Raimundo Pimenta, advogado do ex-prefeito de Santo Amaro, lembra que o problema vem de longe. Lá pelo início de 1960, com a Cobrac, subsidiária da francesa Penarróya, iniciou a exploração de chumbo, que depois passou para a Plumblum.
– Eles ganharam muito dinheiro e deixaram para Santo Amaro uma maldição, o título de cidade mais contaminada por chumbo do mundo. Isso já matou muita gente, deixou sequelas em outras e até hoje o problema tá aí.
Purificar o Subaé
Em 2014, o juiz federal Eduardo Carqueija evocou a música de Caetano Veloso, irmão de Betânia e outro filho ilustre, Purificar o Subaé, e ‘mandar os malditos embora’, para condenar a empresa, a pedido do Ministério Público Federal.
Diz Pimenta que várias decisões judiciárias já aconteceram e também a suspeita de tramóias para lesar a população, mas o passivo que a exploração de chumbo deixou é extremamente perverso.
– A enchente traz grandes transtornos e provoca grande alarido, mas é fichinha diante dos problemas com o chumbo.
A juíza Emília Gondim é quem está com o caso. A audiência é parte do andamento.
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