O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), voltou atrás após a repercussão negativa de uma declaração feita no interior do estado na semana passada. Na ocasião, o petista afirmou que bolsonaristas deveriam ser “levados para a vala” por uma retroescavadeira, gerando forte reação da oposição e de parlamentares federais.
Durante vistoria nas obras de requalificação do Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador, na manhã de ontem, Jerônimo afirmou que a fala foi tirada de contexto e pediu desculpas pelo teor da declaração. “Se o termo ‘vala’ foi pejorativo, foi muito forte, eu peço desculpa. O termo não foi a intenção. Eu não tenho problema algum de poder registrar quando há excessos na palavra, movido por indignação”, disse.
O governador alegou que sua fala foi motivada pela indignação com a condução do país durante o governo Bolsonaro, especialmente no período da pandemia. “Eu sou uma pessoa religiosa, de família, eu não vou nunca tratar qualquer opositor com o tratamento deste. [...] Dei o exemplo da pandemia, quando 700 mil pessoas morreram por conta de atitudes de um governo federal”, declarou.
Jerônimo também citou um telefonema do presidente Lula (PT) como exemplo de atenção e cuidado com a Bahia. “O Lula me ligando para saber como é que estava a situação das chuvas em Santo Amaro. Isso é de uma preciosidade. [...] A indignação é por conta disso, porque a gente não tinha isso. Rui Costa governou quatro anos sob o ex-presidente e uma ligação sequer ele atendia.”
INSEGURANÇA
Além de se retratar pela fala polêmica, o governador negou que tenha rejeitado um projeto-piloto do governo federal voltado à retomada de áreas dominadas por facções e milícias. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, a Bahia teria optado por não avançar na proposta após a fase de coleta e análise de dados. Jerônimo refutou a informação e afirmou que qualquer ação federal na área de segurança pública é bem-vinda.
“Eu não vou rejeitar de forma nenhuma qualquer ação. Agora, tem que ser planejada, combinada. Eu não estou abrindo mão do meu lugar de governo, da autonomia e soberania do povo da Bahia”, declarou. “Escrevi um documento ao ministro dizendo que estou de acordo, pode montar a equipe da Força Nacional para vir ajudar.”
REUNIÃO COM BRUNO REIS
Jerônimo também foi questionado sobre o aguardado encontro com o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), mas evitou cravar uma data. Disse, no entanto, que suas equipes seguem em contato com a prefeitura para tratar de projetos conjuntos, como a ponte Salvador-Itaparica e o VLT.
“Acho que as equipes nossas estão se sentando para que, quando a gente possa sentar, façamos uma agenda produtiva, sofisticada nos temas, respeitosa. É o prefeito da capital, eu tenho que acolher no meu gabinete”, afirmou.
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