Ontem (16), durante a tradicional Lavagem do Bonfim, o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, se pronunciou sobre o recuo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação à medida que revogou a norma da Receita Federal que previa o monitoramento de transações bancárias via Pix.
“O governo adotou aquela medida, que não era para taxar. Foi muito mal comunicada, muito mal interpretada, e que deixou dúvidas sobre o que podia vir depois. Acho que o governo fez bem em recuar logo, melhor dessa forma, melhor com essa decisão”, afirmou Neto, em conversa com a imprensa presente na festa.
Após a pressão da oposição e o anúncio da desistência da medida, Neto comentou sobre o impacto da situação. “Ficou um desgaste enorme e evidente que, ali, há uma derrota do governo Lula na história do Pix. Uma vitória da oposição que protestou, reclamou e pediu que a medida fosse revogada”, acrescentou.
Em seguida, provocado pela imprensa, ACM Neto comentou sua relação com o senador Angelo Coronel (PSD), destacando a longa história entre eles, mas reafirmando que, no momento, não há tratativas sobre uma possível aliança política.
“Coronel é uma pessoa com quem temos uma relação de muitos anos. Na minha primeira eleição para deputado federal, fui votado por ele e pela família dele em Coração de Maria. Apoiamos Coronel para presidente da Assembleia Legislativa, a oposição foi decisiva nesse processo. Mas hoje Coronel está na base do governo, pertence ao PSD, e não existe nenhuma conversa nesse momento sobre aliança política”, disse.
Apesar de reforçar a ausência de tratativas no momento, o ex-prefeito de Salvador deixou as portas abertas para futuras discussões. “Se ele tiver interesse em conversar sobre aliança política, vamos estar abertos”, pontuou.
O burburinho sobre a possibilidade de Coronel mudar de lado começou após o PT de Jerônimo Rodrigues defender publicamente uma chapa formada pelo governador como candidato à reeleição e completada pelos ex-governadores Jaques Wagner e Rui Costa na disputa pelo Senado. Essa mobilização excluiria Coronel do grupo político.
Já sobre as eleições do ano que vem, ACM Neto destacou que é prematuro iniciar discussões nesse sentido. “Não é o momento de estarmos falando de 2026, acabamos de sair de uma eleição. Temos aí todo esse ano para discutir”, concluiu.
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