Quinta, 26 de Dezembro de 2024 22:25
75 9 9702 9169
Política Polícia

Três governadores contestam decreto sobre uso da força policial

Decreto é criticado por supostamenre interferir na autonomia estadual e pode chegar ao STF.

26/12/2024 07h52
Por: Karoliny Dias Fonte: A Tarde
Castro, Ibaneis e Caiado são contra decreto de segurança pública do governo Lula - Foto: Rafael Campos | GOV.RJ; Paulo Carvalho | Agência Brasília; Zeca Ribeiro | Câmara dos Deputados
Castro, Ibaneis e Caiado são contra decreto de segurança pública do governo Lula - Foto: Rafael Campos | GOV.RJ; Paulo Carvalho | Agência Brasília; Zeca Ribeiro | Câmara dos Deputados

Os governadores dos estados do Rio de Janeiro, de Goiás e do Distrito Federal avaliam acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra o decreto do Ministério da Justiça que regulamenta o uso da força policial. Os três fazem oposição ao governo Lula.

A norma determina que armas de fogo só sejam usadas como último recurso, o que gerou críticas por ser considerado uma interferência na autonomia das forças de segurança estaduais.

Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro, classificou o decreto como "absurdo" e afirmou que buscará sua suspensão no STF.

Já Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, argumentou que a medida favorece a criminalidade e é uma "chantagem explícita" contra os estados, visto que atrela repasses do Fundo Nacional de Segurança Pública ao cumprimento das regras.

Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal, também repudiou a medida, afirmando que ela desrespeita a autonomia estadual.

Em resposta às críticas, o Ministério da Justiça, liderado por Ricardo Lewandowski, informou que antecipará a regulamentação detalhada do decreto, antes prevista para 90 dias.

O objetivo do decreto, segundo a pasta, é padronizar o uso da força policial em todo o país, alinhando as práticas de segurança pública a normas internacionais de direitos humanos.

Nenhum comentário
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.