O nome vereador reeleito, José Carneiro (UB), é um dos que foram ventilados para assumir a presidência da Câmara Municipal de Feira de Santana na eleição que acontecerá no dia 1º de janeiro. Em entrevista ao Boca de Forno News, da rádio Sociedade News FM, neste domingo (1º). Mas ele retirou sua candidatura. Ele ressalta que sempre diz que não é candidato de si mesmo. “Chegamos a ter nove vereadores já acertados e apalavrados com a nossa candidatura. Mas quis o destino que durante essa viagem do prefeito eleito José Ronaldo de Carvalho que as coisas mudassem”.
Segundo Zé, alguns vereadores foram para outro lado, apoiar outras candidaturas e, consequentemente, o deixou “atropelado”. “No final da semana passada, mais exatamente na terça-feira, eu chamei os três vereadores que estavam comigo vereador. Jorge Oliveira, Edvaldo Lima e Pedro Américo e disse para eles que estávamos reduzidos a três apoios e que não poderíamos manter uma candidatura nessas circunstâncias”, explica.
Zé admite que não conseguiu agregar a ponto de concorrer, de igual para igual, com os candidatos que se manifestaram. “Por isso, eu preferi deixar meus colegas bem à vontade. Já que foram leais comigo eu teria também que ser leal com eles e os deixei eles bem à vontade para que eles tomassem o rumo que for melhor para Feira de Santana e para a Câmara Municipal. Eu espero apenas que Deus continue nos dando discernimento para entender que não era o nosso momento”, disse.
O vereador sabe que em uma eleição para a presidência de Câmara pode dormir eleito e acordar perdido e se estar perdido e, de repente, no apagar das luzes, se eleger. “Não estou com isso fazendo nenhuma insinuação, muito pelo contrário. Só estou dizendo que faltam ainda 30 dias e meus colegas estão bem à vontade para eleger um presidente que tenha o compromisso que eu tenho comigo, com Deus, acima de tudo, com essa cidade e com a Câmara, que é o de buscar resgatar a credibilidade daquela instituição”.
A Câmara Municipal não pode ser motivo de chacota onde quer que os vereadores vão, ressalta. “Ela tem que mudar essa cara e o presidente da Câmara tem esse dever, seja ele quem for, de conquistar essa credibilidade perante a sociedade”.
Na visão de José Carneiro, que tinha nove vereadores ao seu lado e acabou apenas com três ao seu lado. Questionado sobre o que teria acontecido para haver essa redução repentina de apoio, ele diz que não quer se aprofundar nessa questão, mas que pode assegurar que essa eleição está nos mesmos moldes da eleição de 2021. “Que a sociedade, a imprensa, façam uma reflexão sobre o que aconteceu em 2021 que vão chegar a conclusão do que eu estou dizendo”, insinua.
Ainda assim, ele diz que respeita e não tem dificuldade de conviver com nenhum colega vereador em Feira de Santana. “Todos sabem que sou uma pessoa extremamente fácil de se lidar. Esses meus embates com a presidente da Câmara não são com a cidadã Eremita Mota, é com a gestora. as minhas discussões os meus embates jamais foram pessoais. São em defesa do cumprimento do Regimento da Casa. É defendendo que se cumpra o regimento e que faça da Câmara um instrumento de embate e não de combate, coisa que acontece muito na Câmara Municipal, infelizmente”.
Perguntado se interferências externas estão acontecendo nesse processo da eleição da Câmara de Feira, ele disse que sim. “Interferência tem. Eu não posso dizer de onde porque eu não tenho provas. Mas dizer que a campanha atual está nos mesmos moldes de 2021, eu já estou dizendo tudo”, reafirma.
Por esse motivo, ele disse que não tem condição de competir nessa situação. “O meu objetivo e o meu compromisso com a Câmara Municipal é o de eu ou qualquer outro que venha ser o presidente resgate ou lute pelo resgate da credibilidade da instituição. Cada um tem o seu pensamento e eu respeito plenamente os meus colegas vereadores, mas, infelizmente, está ocorrendo isso”.
Ele fez uma analogia sobre a situação que ele disse que está ocorrendo. “Eu não posso ir para a guerra com o badogue quando meus adversários estão com AR15 (um fuzil semiautomático leve). Essa é a verdade”. Ainda assim, ele disse que está tranquilo. “Já fui presidente daquela Casa por duas vezes e me sinto muito honrado por isso. Não sou obcecado pelo cargo e já fico feliz só em saber que todos estejam comprometidos com a questão de resgatar a credibilidade da Casa”.
Ele diz que se o vereador Marcos Lima conseguir se eleger, ele tem com ele uma boa convivência, assim como também tem com o Pastor Valdemir e com Jorge Oliveira, que também está como candidato “Se der qualquer um desses três eu confesso que o compromisso deles é o meu, que é exatamente o de resgatar a credibilidade da Câmara. Eu espero que isso seja verdadeiro porque a sociedade clama e a imprensa toda cobra uma instituição com uma característica diferente, onde esteja os interesses em defesa do coletivo e não individuais”.
Questionado sobre em quem votaria, Carneiro ressalta que quando abdicou da sua candidatura, disse aos seus colegas que eles poderiam ficar à vontade para escolher quem eles quiserem. “Eu estou ainda ouvindo todos os três candidatos. Jorge Oliveira é meu amigo, gosto muito dele. Tenho conversado demais porque foi também muito leal a mim durante toda a minha a minha campanha. Já sentei também com o Valdemir, conversamos demoradamente. Conversei com Marcos Lima, mas ainda faltam 30 dias e nesse tempo pode acontecer muita coisa, inclusive nada”.
Ele ainda pensa na possibilidade de nesse período os seus colegas se arrependeram e chama-lo de novo para ser presidente. “Eu estou só alimentando uma coisa que é quase sonho, mas não é impossível porque pode acontecer. Então vou dar mais um tempo. Vou segurar mais um pouco para que possamos tomar essa decisão”, finalizou.
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