Presidente do PSD na Bahia, o senador Otto Alencar afirmou, ontem (9), em entrevista à rádio Metrópole, que o Tribunal de Contas da União (TCU) ainda não concluiu a análise sobre o reequilíbrio do contrato da Via Bahia, concessionária responsável pela administração de trechos da BR-324 e BR-116. Otto ressaltou o "esforço" do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), para buscar uma solução, uma vez que a concessionária Via Bahia tem sido alvo de críticas, tanto pelos políticos quanto pelos motoristas, pelas más condições das rodovias sob sua gestão.
“O caso da Via Bahia está no Tribunal de Contas da União. Desde a época de Michel Temer tem esse processo de reequilíbrio orçamentário da tarifa e até hoje não foi feito”, afirmou o senador, que, desde 2013, é um dos principais críticos da Via Bahia.
Ainda como secretário estadual de Infraestrutura na gestão de Jaques Wagner (PT) como governador baiano, Otto cobrou da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) o rompimento do contrato com a concessionária antes do término dos primeiros cinco anos de vigência. Na ocasião, Otto chegou a acusar a ANTT de ser leniente com a empresa, que enfrenta críticas pela má conservação dos trechos rodoviários.
Durante a entrevista, o senador Otto Alencar também alertou que, para implantar um pavimento de qualidade nas rodovias, haverá impacto no tráfego de veículos. “Qualquer trecho que fechar daqui para Feira de Santana, por algum tempo, para fazer um pavimento de qualidade, obstrui tudo, porque não tem outra saída”, explicou Otto, sugerindo que a única solução definitiva para o problema seria a criação de uma nova rota, como por exemplo a ponte Salvador-Itaparica.
Otto comentou sobre a sucessão na presidência da Câmara dos Deputados, prevista para 2025. “Me parece que não vai ser uma eleição com unanimidade, como foi a de Lira, que foi praticamente candidato único. Ele teve a maior votação da história política na Câmara. Nunca ninguém teve essa votação. Mas, o processo está completamente indefinido”, disse.
Arthur Lira, que buscava articular um nome de consenso até agosto, acabou adiando a escolha. O baiano Elmar Nascimento (União Brasil) era visto como o favorito para receber esse apoio. No entanto, uma reviravolta ocorreu quando Marcos Pereira retirou sua candidatura e indicou o líder do Republicanos, Hugo Motta, para o seu lugar, alegando falta de apoio em torno de seu próprio nome.
“Elmar tinha a certeza que seria o indicado por Lira. Foi uma surpresa muito grande. [Elmar] ficou muito chateado, tudo caminhava para ele fosse o indicado”, continuou Otto.
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