Em outros momentos, a convenção da base aliada do governador Jerônimo Rodrigues seria uma "festa do 13". No entanto, a convenção de Geraldo Jr. a prefeito de Salvador foi uma moqueca de esforços para vender a ideia de união. Como não tem DNA petista, o vice-governador terá o desafio extra de aglutinar a esquerda, já que houve sinais prévios de que a aliança existe, mas não é lá tão forte quanto alguns caciques tentam pregar.
A escolha de alguns partidos como PSD e PSB, de fazerem suas convenções em separado para homologar as candidaturas proporcionais, é um exemplo disso. Bruno Reis, por exemplo, criou uma estrutura para que todos os partidos que o apoiam fizessem a convenção conjunta, para juntar o máximo de pessoas possível. Já no caso de Geraldo Jr., tal situação não aconteceu - e ninguém vai admitir que há certo nível de constrangimento em torno dessa candidatura "goela à baixo" do vice. Mas não apenas isso.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, até indicou que não iria à convenção. Parece que a ausência não pegou tão bem quanto ele gostaria e o ex-governador chegou de "surpresa". Tudo para reiterar o discurso de unidade - ainda que na prática isso não venha a acontecer. Por mais que exista a aura de que houve o esforço para estar presente, a narrativa completa mostra que Rui não quis estar sempre presente no ato. É mais uma lacuna a ser preenchida, entre tantas de uma candidatura que nasceu fragilizada e, até aqui, se estabeleceu com trancos como a única representante da base de Jerônimo em Salvador.
A fala do próprio governador, inclusive, manteve certa dubiedade ao falar sobre o que será preciso para Geraldo Jr. crescer a partir de agora. Jerônimo admitiu que fez um esforço para "unificar" a base e que, agora homologado, seria papel de Geraldo Jr. garantir a tal viabilidade prometida desde que a hipótese do emedebista ser candidato contra o prefeito Bruno Reis. O vice, que antes vestia laranja, verde e preto pelo vermelho, usa vermelho como se não existe o passado, até recente. E, como sabemos, com bem pouco pudor, mesmo para políticos profissionais.
O auge dessa ausência de constrangimento foi o discurso de Lúcio Vieira Lima, como avalista da candidatura de Geraldo (como agora o vice se apresenta). Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso das malas de dinheiro, o ex-deputado federal nunca chegou a cumprir pena e, como se isso nunca tivesse acontecido, exalta o aliado com suas "qualidades", agora do lado oposto de onde esteve ao longo de mais de uma década. Chega a ser irônico ver alguém cujo irmão foi ministro de Michel Temer tendo espaço em uma convenção que seria a "festa do 13".
E Luiz Inácio Lula da Silva? Participou da convenção com um vídeo de quando esteve em Salvador e deu entrevista à rádio Sociedade da Bahia. Ou seja, a eleição de Geraldinho é tão prioritária que nem a presença do presidente está garantida e mesmo o tempo para gravar um vídeo de apoio foi possível. Ou seja, o time de Lula e Jerônimo talvez entre com desfalque para disputar em Salvador. O vice que se vire.
Não dá pra apenas criticar. O Agir36, que namorou com Bruno Reis, manteve o caminho natural de ficar ao lado do petismo. Controlado por Júnior Muniz, o partido migraria para o prefeito apenas por questões "emocionais". Na política, a racionalidade agiu explicitamente nesse caso. Geraldo Jr. levou um nanico e vai obrigar o adversário a marchar com 13 partidos. Pelos caminhos desenhados até aqui, a festa de outubro pode ser "dos 13" e não "do 13". A escolha de um nome do MDB para disputar em Salvador pode ajudar a explicar isso...
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