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Saúde Aedes aegypti

Mudanças climáticas afetam no aumento dos casos de dengue na Bahia

Municípios baianos contam com 214.477 casos prováveis da doença viral.

06/06/2024 08h23
Por: Karoliny Dias Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Romildo de Jesus
Foto: Romildo de Jesus

Na Bahia, só este ano, 96 óbitos por dengue já foram confirmados, com 159 ainda em investigação. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), houve um crescimento de 667% nos casos da doença em relação ao ano passado.

Entretanto, a quantidade de municípios em epidemia baixou pela metade, contando com 269 no mês de maio, o número caiu para 134. Com o maior número de mortes nos municípios de Vitória da Conquista, em que totalizam 19 mortes, Jacaraci, com 5 mortes, e Feira de Santana e Juazeiro, ambos com 4.

 Embora, o número de municípios tenha caído, os casos, assim como os óbitos, continuam. A população deve ter em mente medidas preventivas, e estar atenta especialmente ao entrar em um período de tempo com clima imprevisível, mudanças climáticas repentinas resultando no crescimento de espaços que favorecem a propagação do mosquito. 

"Este clima de chuva e muito calor é o clima ideal para a proliferação do mosquito aedes aegypti. Então ele infelizmente propicia muito o crescimento e proliferação de larvas do mosquito, que acaba facilitando a transmissão da dengue.", diz Antônio Bandeira, médico infectologista.

Dados da Sesab apontam ações desenvolvidas dentro do estado para tratar a maioria dos casos, incluindo a vacinação. Só este ano, na Bahia, foram administradas 150.253 doses da vacina contra a dengue.

 “Nesse momento, a dengue a gente consegue prevenir com a vacina, ela é muito eficaz, e tem condições de reduzir a quantidade da doença. Hoje, a dengue é a única das três arboviroses que a gente consegue reduzir através de vacinação.”, conta o infectologista.

A vacinação demonstrou ser a forma mais confiável na diminuição dos casos do vírus, mesmo com o desenvolvimento e aplicação de outros métodos na luta contra a dengue, como a distribuição de larvicidas, equipamentos, medicamentos e carros fumacês, estas provam ser apenas medidas temporárias quando comparadas ao efeito duradouro da vacina.

“Já vimos que é muito difícil a erradicação do transmissor, porque ele se prolifera de mais. Todas as tentativas de reduzir a população de mosquito, você consegue num curto espaço de tempo reduzir com fumacê, com herbicida, mas não consegue acabar com a população, somente uma redução em momentos mais críticos, um surto muito grande em um local ou outro. Mas fora isso, é a vacina que representa um grande avanço para conseguir reduzir as taxas de dengue.”, afirma Bandeira.

No momento, a idade indicada para receber a vacina é de 5 a 60 anos, a faixa foi escolhida, pois é o grupo de idade com o maior número de hospitalizações por dengue no Brasil. Dos 214.477 casos prováveis da doença, 180.356 estão contidos neste grupo. 

“Toda pessoa que está doente tem que procurar assistência médica, não dá para ficar doente em casa. É importante que a pessoa, mesmo que ainda esteja só com febre, com um mal estar no corpo, não saiba o que ela tenha, que antes mesmo de buscar assistência médica, ela já tome essa medida importante que é a hidratação vigorosa.

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