Um terremoto de 3,5 de magnitude na escala Richter foi registrado no litoral sul da Bahia, na altura da cidade de Ilhéus, durante a manhã desta quarta-feira (29). O tremor foi identificado por sismólogos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que fazem o monitoramento.
O coordenador do Laboratório de Sismologia (LabSis) da UFRN, Aderson Nascimento, que acompanha a incidência dos fenômenos, explica que o tremor pode ter sido sentido por moradores da região.
"Foi a cerca de 75 km ao nordeste de Ilhéus. É possível que algumas pessoas de manhã bem cedo tenham sido, principalmente se tiver em um prédio mais alto, mas não é garantia, porque a distância é bem no limite do que se espera em termo de percepção das pessoas. Apesar de ser pequeno o suficiente para não ser percebido pela maioria das pessoas, ele foi bem detectado na nossa rede sismográfica, que a gente opera no Nordeste do Brasil", disse Aderson.
O coordenador do LabSis disse ainda que os terremotos podem ser sentidos no Brasil por causa da pressão das placas tectônicas, já que o país está no interior de uma delas.
"O Brasil, apesar de estar no interior de uma placa tectônica, não contém nenhuma área menos resistente [aos tremores]. Quando se começa a pressionar o continente, que o Brasil está sob pressão de leste para oeste, às vezes as falhas geológicas que estão nessas placas são reativadas. A explicação geral é de que eles acontecem como acontecem no interior da Bahia, no interior do Nordeste todo. São áreas que estão mais suscetíveis às pressões tectônicas e chegam ao ponto em que elas se rompem e essa energia que estava acumulada ela é liberada na forma de cismo e as pessoas percebem quando estão na superfície da terra, percebem as vibrações", detalhou.
Aderson Nascimento disse ainda que, apesar de poder ser sentido, um tremor de escala 3,5 não provoca nenhum tipo de alteração no mar, como foi o caso desse terremoto na costa de Ilhéus.
"Um evento dessa magnitude não provoca nenhum tipo de vibração ou alteração no mar. Para que a gente tivesse algum tipo de vibração e pudesse alterar o regime do mar, a gente tinha que ter uma magnitude da ordem de 7 ou acima de 7. Mas isso também a depender da forma que o solo se movimentou, que não foi o caso", avaliou ele.
O coordenador disse ainda que, do ponto de vista da Sismologia, não há diferença entre tremor e terremoto, apenas que um dos nomes é mais usado do que o outro.
"Do ponto de vista físico, do ponto de vista sismológico, não tem diferença entre tremor e terremoto. A gente costuma chamar tremor aqueles eventos em que a terra simplesmente treme, não tem um maior efeito sentido a esse. Digamos que tremor foi um termo de uso consagrado aqui no Nordeste, mas eles são na verdade terremotos".
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