Ciúmes. Este teria sido o motivo da chacina ocorrida em Mata de São João que culminou com a morte de nove pessoas – seis adultos e três crianças -, na manhã última segunda-feira (28). Pelo menos é o que afirmou ontem a Polícia Civil da Bahia após a investigação. Sete das vítimas foram mortas após os bandidos colocarem fogo na residência onde estavam.
O crime, que chocou o país, teria sido ordenado por um traficante que sentia ciúmes do ex-namorado de sua atual, um criminoso de prenome Preá, conforme explicou a delegada e diretora do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), Christiane Inocência Coelho.
O mandante do crime, além de outros dois suspeitos, teriam sido mortos em confronto com os policiais civis também na manhã de ontem. Segundo a delegada, Preá já era procurado pela polícia e tinha dois mandados de prisão em aberto por lesão corporal, tráfico de drogas, homicídio e violência doméstica.
"Estamos trabalhando com [a hipótese de] crime passional e as diligências permanecem. Não posso informar nomes, porque comprometeria o andamento das investigações, mas temos um alvo principal e um alvo aleatório", disse a delegada, complementando que a polícia está em busca do quarto homem.
Durante a coletiva de imprensa, a delegada contou a casa incendiada foi a da sogra do mandante do crime. Isso porque Preá, alvo principal, estava dentro da residência de sua ex-sogra, de prenome Cristiane.
Além dos dois, havia na casa mais três crianças – que seriam irmãos da namorada do mandante do crime - e dois adultos. Um bebê tria sido poupado pelos assassinos e foi retirado do imóvel pelo pai. O adolescente de 12 anos que conseguiu fugir está internado em estado grave no Hospital Geral do Estado, já o pivô dos ciúmes não estava na residência no momento da chacina.
"Só vamos ter certeza se eram pessoas da mesma família a partir dos exames. Os corpos estavam carbonizados, não terminou ainda o processo de identificação. Sabemos que são sete pessoas mortas na mesma casa,", acrescentou a delegada responsável pelo caso.
Outras duas vítimas, que completam o número total de mortes, foram mortas a tiros porque acolheram na residência onde estavam, o adolescente de 12 anos que fugiu da casa incendiada com o corpo em chamas.
"Elas são mártires dessa barbárie. Abriram a porta para o adolescente e foram executadas apenas por isso”, contou a diretora do Depom.
As sete pessoas que estavam no imóvel incendiado ainda não tiveram suas identidades confirmadas. Já as duas mulheres onde o adolescente se refugiou foram identificadas como Sara Miranda Magalhães, 56 anos, e Clícia Costa Magalhães, 35.
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