Em dias como o de hoje, 13 de junho, é comum ouvir de dentro de casas baianas um cantarolar trazendo versos como "se milagres desejais recorrei a Santo Antônio".
A data marca o dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro, um dos mais celebrados no país, especialmente no Nordeste. O santo nascido em Portugal é celebrado por baianos com a tradicional trezena, que conta com cânticos em louvor ao santo e muita festa com direito a comidas típicas.
A tradição é seguida em todos anos pela aposentada Aida da Silva, de 83 anos, e moradora do bairro da Liberdade. Devota de Santo Antônio, ela costumava distribuir pães nas missas, além fazer muita festa para o santo dentro de casa.
"Eu comecei a rezar depois de frequentar trezenas nas casas de vizinho. Depois decidi rezar aqui em casa. Já se vão muitos anos. Nem sei mais quantos, mas faz muito tempo", conta Aida, que reúne filhos e vizinhos.
Ela é responsável por comandar a trezena, acompanhada dos visitantes, que seguem as letras já decoradas. Aos novatos, é oferecido um caderno com as letras para acompanhamento.
Aida da Silva lembra que no passado, a trezena acontecia em diversas casas da rua onde mora, mas que atualmente, a tradição não tem se mantido. Ela ainda conta que a fé em Santo Antônio a tornou uma espécie de rezadeira da região.
"Por causa dessa minha devoção a Santo Antônio, muita gente quando perdia algum coisa, ou queria pedir alguma graça, vinham me pedir para que rezasse o responsório de Santo Antônio, aí eu pedia pela graça daquela pessoa, 'se milagres desejais, recorrei a Santo Antônio', e a graça sempre era alcançada", garante a aposentada.
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