Carlos Alberto da Conceição Vale, popularmente conhecido como Carlinhos Camisa Vermelha, diretor da Federação dos Trabalhadores da Construção Civil nos Estados da Bahia e Sergipe, afirmou que as pessoas que trabalham com a construção civil receberam aumento em seus salários.
Segundo ele, haverá um aumento dos valores repassados para a cesta básica. Para Carlinhos, é muito difícil fazer sindicalismo nessa região porque o pedreiro é um só. “O mesmo pedreiro que bate a massa em uma empresa de Salvador, bate aqui em Cachoeira. É o mesmo valor. Não é certo um salário ser pago no valor de R$ 2.104 em Salvador e aqui em Cachoeira recebendo R$ 1.300. O Sindicato Da Construção Civil conseguiu unificar o salário do interior com a capital”, disse.
Ele disse ainda que usam as Prefeituras dessa região para tirar dos trabalhos das pessoas sendo que os profissionais se aposentam com as contribuições do INSS. “As Prefeitura daqui da região pagam o INSS de vocês, trabalhador? Descontam pelo menos os valores de um salário mínimo, que R$ 132,00? Desconta o FGTS?”, questionou.
Carlinhos ressalta que não tem ligação política, que é sindicalista conceituado na Bahia e em Sergipe. “Ser sindicalista é querer o melhor para o trabalhador. Esses trabalhos temporários as Prefeituras usam, na verdade é para tirar esses direitos. No trabalho temporário você não tem direito ao INSS ou FGTS, a hora extra nos sábados e domingos ou a um almoço”, disse.
Até maio, deste ano os trabalhadores receberão um salário de R$ 2.007,00 e uma cesta básica de R$ 192,86 em empresas que tenham acima de 35 trabalhadores ou o ticket alimentação no valor de R$ 19,34. O ajudante de pedreiro recebe hoje R$ 1.243,00, sem aumento. Em junho o trabalhador terá ainda mais 5%. “O pedreiro, carpinteiro, eletricista, pintor, eles vão receber, a partir de 1º de junho, R$ 2.104,77 de salário. O dia é R$ 66,92, a hora normal é R$ 9,13 e a quinzena é no valor de R$ 803”, explica.
Alguns pedreiros cobram R$ 130,00 na diária, explica Carlinhos, porque o trabalhador autônomo não tem seus direitos trabalhistas garantidos. “É por isso que eles cobram dobrado para compensar a perda que tem”. Carlinhos diz ainda que eles precisam ter a consciência de pagar o seu INSS caso contrário, quando chegar aos 65 anos, se tiver um acidente de trabalho que cause uma invalidez ou ficar doente, não terá direito de gozar dos benefícios que o órgão traz porque não contribuiu. “Quando você faz a sua contribuição, você tem como comprovar com o advogado que você é contribuinte”.
A Reforma Trabalhista trouxe muitas perdas para os trabalhadores, destaca Carlinhos. “Ano que vem vamos ter que mudar os deputados e senadores que votam contra os trabalhadores. É preciso ficar atento. No Google vocês acham que são os políticos que votaram contra a gente, não precisa eu falar que vocês sabem. O Google é uma ferramenta de trabalho muito especial”, diz.
O ramo da construção civil melhorou em 30%, diz Carlinhos. Segundo ele, os governos municipais, estadual e federal tem feito várias obras. E essas obras geram empregos. “Mas infelizmente os trabalhadores sofreram um ataque muito perverso. Você trabalhar 60 anos e depois trabalhar mais cinco anos para se aposentar? São 60 meses de salário. O trabalhador perde R$ 120 mil para se aposentar. Nesse 1º de maio não tivemos nada para comemorar. Não tivemos nenhum avanço”, lamentou.
Outro grande problema grande da região são os profissionais que trabalham para a Embasa. Pedreiros, encanadores recebem um valor muito baixo com um sindicato que nada tem a ver com construção. “É o SINDILIMP, que nada tem a ver limpeza com construção, reforma e saneamento básico. Mas eles conseguiram na Justiça. Esse sindicato é dirigido por um grupo ligado ao PT. Isso chamamos de fogo amigo, já que a Embasa faz parte do Governo do Estado que é do PT. Mas na hora de penalizar o trabalhador. Os salários desse sindicato são menores”, diz o sindicalista.
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