Com as chuvas que caem na Bahia, principalmente no extremo sul e oeste do estado, muitas cidades tem ficado de baixo de água. Rosangela Leal, da Estação Climatológica da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), falou sobre esse fenômeno que tem acontecido no estado, já que a muito tempo não chovia tanto na Bahia.
Segundo a meteorologista, a chuva não era esperada. “Não lembramos quando foi a última vez que choveu no Natal”, disse. Em outubro, conforme Rosangela, é nesse período que já começa a seca na região e aí vem as chuvas com trovoadas que inclusive há uns quatro anos não aconteciam. “Nossa primavera-verão é de seca, mas esse ano não parou de chover. As chuvas de trovoadas vieram e ficaram porque elas geralmente ficam três dias no máximo uma semana”, explica.
Rosangela disse que isso está acontecendo porque nós temos uma área de grande importância na região que á a Zona de Convergência do Atlântico Sul, que é uma área que liga a Amazônia a nossa região. “A Zona se aquece e começa a se movimentar bastante trazendo vetos. É ela que provoca a estiagem. Só que esse ano estamos vendo essa grande quantidade de chuvas que está vindo desse corredor, dessa zona. Ao invés de dissipar as nuvens de chuva, ela está espalhando para toda a região chegando muita umidade e provocando grandes chuvas”, diz.
Ela ressalta que está chovendo até mesmo no semiárido baiano e que a Barragem de Pedra do Cavalo teve que abrir as suas comportas. “Há anos isso não acontece. A Bacia do Paraguaçu está coletando essa água que vem de toda a Bahia e está chegando no Lago de Pedra do Cavalo. Com uma grande vazão, é preciso abrir as comportas”, salienta.
As cidades que estão com fortes chuvas estão no fim dessa Zona de Convergência do Atlântico Sul e continuarão em alerta máximo até amanhã. Isso porque as chuvas continuam, alerta Rosangela. “Vai continuar chovendo lá. Nossa região está em alerta, mas vai chover bem menos. Mas ainda estamos em alerta nesse ano que, até agora, foi excepcional. Nossa preocupação é se essa situação se tornará regular”. Isso por causa da série de problemas que se acumulam como as mudanças climáticas e o desmatamento na Floresta Amazônica porque é ela que regulariza esse sistema de chuva. “O problema que temos esse ano é resultado desses problemas ambientais”, afirma.
Segundo a meteorologista, não tem nem como dizer que o Réveillon será sem chuvas. “De hoje para amanhã chove e depois a probabilidade de chuvas diminuem. Só que a chuva que cai no sul da Bahia estamos na expectativa que ela se dissipe, vá para o Oceano e não venha para a nossa região”.
Com informações do repórter Reginaldo Lima
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