Em sua primeira entrevista a uma rádio após perder as eleições, o ex-prefeito da cidade de Santo Amaro, Flaviano Bonfim, esteve na Rádio Santo Amaro FM e foi entrevistado pelo radialista Nivaldo Lancaster. Flaviano abordou diversos assuntos como as cestas básicas de que deixaram de ser entregues aos estudantes santamarenses, o marido da atual prefeita Alessandra Gomes (PSD), que é também ex-prefeito da cidade, Ricardo Machado e sobre as tentativas de desqualificar o seu trabalho pela cidade.
Sobre as cestas básicas, o ex-prefeito comentou que elas foram entregues no início da pandemia em seu governo. Ele ressaltou ter orgulho de dizer que, naquele momento de enfrentamento a Covid-19, agiu para realmente ajudar as pessoas. “Sabíamos da crise econômica e procuramos amenizar o sofrimento das pessoas. Mensalmente distribuímos nas unidades escolares quase dez mil cestas básicas com o kit escolar nutricional dos estudantes. A assistente social distribuía apenas para as pessoas que estavam cadastradas no CadÚnico e não tinha apadrinhamento de nenhum político”, afirmou.
Ainda conforme Flaviano, foi feito um trabalho de não desempregar as pessoas já que naquele momento várias cidades começaram a demitir em massa. “Eu mantive o funcionalismo ativo e a folha de pagamento, mesmo com as pessoas dentro de casa. Abrimos ainda novas frentes na saúde para gerar emprego e renda em nossa cidade”.
Hoje, segundo o ex-prefeito, a realidade é outra. “Não tem mais a distribuição de cestas básicas no kit escolar. Todos os dias é uma desculpa e sabemos que na verdade não é bem assim. É a má vontade, falta de interesse e de preocupação com os estudantes de Santo Amaro, com o povo de Santo Amaro. Eles não vivem aqui e não sabem o sofrimento da população que nem sabe em que porta bater”, lamentou.
Para Flaviano, a gestão atual da cidade está voltada para eleger o marido da prefeita Alessandra Gomes (PSD), o ex-prefeito Ricardo Machado. “O prefeito de fato [Ricardo Machado] está sonhando em ser candidato a deputado estadual fazendo campanha antecipada. Ele está muito disperso em sua vaidade. Está nessa luta e ansiedade, fazendo acordos, empregando o povo de fora para dar votos a ele em outras cidades. Isso está claro na cidade. Já a prefeita de direito não faz nada”, disse.
Flaviano disse ainda que a maioria dos secretários de Santo Amaro são de fora da cidade. “Quando vem, porque a maioria não vêm, meio dia vai embora. E os que são da cidade não tem autonomia para nada. Santo Amaro está a mercê”, disse. Em seu governo, Flaviano lembrou que todas as pessoas eram da cidade, inclusive ele e sua esposa moram ainda lá. “Estávamos aqui ouvindo o clamor da população. Acabou isso. Eles não têm afinidade com as pessoas, não as conhecem. Só conhece a máquina administrativa”.
Flaviano disse que as pessoas têm medo de reclamar, apesar da situação difícil em que vivem. “Em minha gestão faziam escândalo nas redes sociais e xingavam até a minha mãe. Hoje tem medo de falar e ficam nas esquinas, mas não se expõe. Cesta básica da assistência social nunca dá e quando dá é apadrinhado por vereadores”.
O ex-prefeito se sente triste com a situação da cidade e em ver quantas pessoas batem em sua porta reclamando e se lamentando do descaso na saúde, educação, infraestrutura, geração de emprego e renda.
Reforma no calçadão
Flaviano fez uma reforma no calçadão da cidade e a atual gestão interditou dizendo que seria necessário fazer muitos reparos. Ele disse ter construído um calçadão porque ali era uma rua com paralelos e sua preocupação era com a acessibilidade, não apenas embelezar e valorizar o local.
“Quem conhecia sabe que ali era um passeio estreito com um fluxo grande de pedestres e passavam veículos de carga pesada. Tinha até poste no meio do passeio e as pessoas com necessidades especiais não tinham acesso ao comércio de Santo Amaro. Fizemos o calçadão, apesar da polêmica, e depois de pronto viram que valeu a pena esperar pela construção. Fizemos com paisagismo, iluminação de LED, bancos para descanso, fizemos a drenagem porque a topografia não era boa”, explicou.
Quando a nova gestão assumiu, fechou alegando que o problema era a drenagem, diz Flaviano. “Quando eu fechei para a passagem de veículos, eles acharam que fizemos de péssima qualidade. E eles colocaram máquinas destruindo o calçamento, destruíram os vasos ornamentais, os bancos, tiraram as traves para que carros e motos não tivessem acesso. Foi uma cena horrível de destruição no dia 1º de janeiro e com apenas três meses da obra inaugurada. Hoje está aí o resultado, o tiro no pé que deram”, falou.
Segundo Flaviano, se fizeram para apagar na memória do povo o que ele fez, a memória do povo está aí e não se apaga. “Todos sabem como deixamos, valorizando o comércio e as casas no local. Hoje está feio e servindo de piada na cidade. Virou um curral pintado de vermelho”, finalizou.
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