Atrasos constantes de um perito médico prejudica trabalho no DPT de Santo Amaro

O Departamento de Polícia Técnica (DPT) da cidade de Santo Amaro da Purificação, que tem como coordenador geral Fábio de Souza Santos, falou sobre as reclamações e denúncias da população sobre atrasos de médicos e saída de corpos que ficam aguardando ser necropsiado, o que causa o sofrimento das famílias que perderam seus entes queridos. Segundo Fábio, o órgão presta um serviço adequado para a população. “Atendemos Santo Amaro e mais 12 municípios. Esse é um problema pontual de um perito médico que chega atrasado na CRPT, mas sempre procuramos dar as devidas providências. Colocamos a falta dele no RH Bahia e comunicamos aos escalões superiores do Departamento de Polícia Técnica”, explicou.

Ainda conforme Fábio, além disso, tudo corre de forma adequada. “Temos perito médico e criminal todos os dias, durante as 24 horas. Infelizmente no plantão desse servidor acontecem atrasos, como aconteceu com a vítima do acidente de carro na Pedra do Cavalo. Peço desculpas à população nesse sentido. Tudo que pudemos fazer para resolver esse problema estamos fazendo. Todos os nossos funcionários cumprem a sua carga horária de forma correta, exceto esse perito médico que costumeiramente chega atrasado”, lamentou.

Na última sexta-feira (5), um acidente entre nove veículos deixou dois mortos e, ao menos, dois feridos na BR-101, na altura da barragem de Pedra do Cavalo, no recôncavo baiano. Uma pessoa morreu no local. A outra foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. A vítima que morreu no local era ex-motorista do SAMU de Cruz das Almas. Wesley Xavier, de 38 anos, teve um atraso na liberação do seu corpo, o que atrasou as homenagens a ele e teve que ser sepultado a noite. 

O coordenador disse ainda que as famílias que se sentirem prejudicadas com o atraso desse servidor específico podem se reportar ao DPT através de sua Ouvidoria e manifestar a sua indignação na Corregedoria do órgão. “Toda vez que ele chega atrasado lanço sua falta e faço uma ocorrência ao meu superior. Espero que o servidor comece a vim no horário correto. Nosso plantão começas às 8h de um dia e termina no outro às 8h. Todo servidor chega nesse horário, exceto ele”.

Trabalho do órgão

Fábio explicou ainda que os funcionários do DPT só saem para a perícia quando a Delegacia emite a guia. “Os funcionários da delegacia vão ao local, fazem o seu levantamento e, só após ele, a guia é emitida. E aí vamos ao local com nosso rabecão recolher o corpo”, disse.

O número de pessoas que buscam atendimento é grande porque o DPT atende a 12 municípios. O órgão não dispõe de um local onde as pessoas possam esperar. Questionado sobre se há conversas para dar condições de abrigar as pessoas, o coordenador afirmou que como se está em um período de pandemia as pessoas não podem se aglomerar nas duas recepções que existem no local.

“Eles precisam ficar na área externa do DPT. As duas salas acomodam 12 pessoas, seis em cada uma delas. Com a pandemia, deixamos entrar apenas duas pessoas por sala. Por isso que o pessoal fica do lado de fora aguardando atendimento. Fora do IML tem um local onde as pessoas podem ficar sentadas. Ainda não temos previsão de fazer nenhum tipo de construção para acomodar mais pessoas”, falou.

Convênio com Prefeituras

O coordenador agradeceu ainda as Prefeituras que ajudam o órgão. “Existe o convênio mútuo, que é entre a Secretaria de Segurança Pública e as Prefeituras, que sempre é assinado nos começos das gestões. É por isso que recebemos ajuda de cada uma delas. É tudo legalizado pelo Tribunal de Contas do Estado”.

Com informações do repórter Gilliard José