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Bahia Superfungo

Com 15 casos contabilizados do superfungo na Bahia, SESAB "permanece em alerta"

Desses 15 casos, Secretaria informa que 12 são de 2020

23/04/2021 05h56 Atualizada há 5 anos
Por: Fonte: Bahia Notícias
Com 15 casos contabilizados do superfungo na Bahia, SESAB

Com 15 casos contabilizados do superfungo “Candida auris” na Bahia desde o ano passado, a Secretaria da Saúde (Sesab) “permanece em alerta”. Entre as características do microrganismo está a resistência a medicamentos e a possibilidade de causar graves infecções hospitalares.

O primeiro caso veio à tona em dezembro de 2020, e foi identificado em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital particular de Salvador. Na ocasião uma notificação foi feita à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que em seguida fez um alerta. No mês seguinte, em janeiro de 2021, a agência informou que caracterizava a situação como um surto. O órgão fez alertas que a Candida auris é um fungo emergente que representa uma “grave ameaça à saúde global”.

Desses 15 casos identificados na Bahia, a Sesab informa que se tratam de 12 de 2020, sendo três infecções e 9 de colonização. Em 2021 foram três casos: um de infecção e dois de colonização. Para entender melhor a diferença entre as duas classificações, a reportagem conversou com o infectologista Igor Brandão e com o biomédico e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Jailton Azevedo.   

Os especialistas explicam que os seres humanos e os animais podem ter contato e ser colonizados por diversos microrganismos sem que necessariamente sofram algum tipo de mal ou dano causado por eles. Nesse sentido, a pele e as mãos, por exemplo, podem tocar e ter a presença de vírus, bactérias e fungos, sem que eles causem doenças.

Por outra lado, a infecção diz respeito a um mal causado por aquele microrganismo. “Porque a gente pode ter aquele vírus, bactéria ou fungo e ele não estar fazendo nenhum dano. Mas quando ele invade o corpo da pessoa e causa algum dano, essa condição é caracterizada como infecção”, explicou Igor Brandão.

A nomenclatura não se estende às superfícies, acrescenta o infectologista. Objetos, móveis e utensílios podem conter vírus, bactérias e fungos, mas não se fala em colonização e infecção nesses casos. “Uma superfície não vai estar doente. O meu celular, a mesa, ou um corrimão podem conter fungos, vírus ou bactérias, e se alguém pegar com a mão ou qualquer outra superfície do corpo pode colonizar, sujar nossa parte do corpo, e se ele invadir tecido e fizer algum sintoma aquilo pode ser considerado infecção”, completou o médico. 

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