País com o maior número de mortos pelo coronavírus, a Itália vive uma crise que impacta vários setores do país, inclusive o futebol. Com o medo dessa situação gerar um rombo financeiro nos clubes, a liga do país estuda reduzir os salários de atletas.
O presidente da associação de jogadores, Damiano Tommasi, não rechaçou completamente a ideia, mas afirmou em entrevista à "La Gazzetta dello Sport" que não é o momento de pensar nessa medida.
"Os primeiros interessados na sustentabilidade do sistema são os jogadores. Nós estamos conscientes que esse é um tópico a ser discutido, mas não é hora. O problema do corte de salários deve ser discutido posteriormente."
Por outro lado, o presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC), Gabriele Gavina, citou o momento de emergência vivido pelo país para justificar a proposta.
- Não pode ser um tabu falar em reduzir os salários. Devemos entender o cenário emergencial que nos afeta e nosso mundo deve ser capaz de mudar também. Fazem falta os gestos responsáveis.
Se o campeonato permanecer paralisado, os clubes italianos podem perder até €1 bilhão (R$ 5,3 bilhões). É isso que indica o especialista em negócios do futebol Marco Bellinazzo em uma entrevista dada à Agência EFE.
- Estamos falando de uma perda de 600 milhões de euros em direitos de TV e mais 200 milhões por patrocinadores. Somando 150 milhões de bilheteria, podemos chegar a um dano que vai de 950 a um bilhão de euros.
Ainda não se sabe quanto tempo o campeonato italiano vai ficar paralisado. A data prevista para a competição retomar é no dia 4 de abril, mas Tommasi está descrente dessa possibilidade. No entanto, alguns clubes do país, como o Milan e o Napoli, anunciaram que vão voltar aos treinamentos dia 23, na próxima segunda.
Com informações do Globo Esporte
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