O prefeito da cidade de Santo Amaro da Purificação, Flaviano Bomfim, falou sobre as enchentes na cidade. São mais de 80 famílias atingidas na região do Rio Subaé. Segundo o prefeito, nesse momento a chuva parou um pouco, mas ainda há preocupações. Agora não mais com as cheias, mas com as encostas da cidade. “Todos os dias a Defesa Civil está sendo acionada para amenizar os problemas como retirada de terra, retirada de moradores e colocação de lonas das áreas”.
Nesse momento, são 50 famílias desalojadas, que são as pessoas que saem de suas casas e vão para a casa de familiares. “Não temos mais desabrigados porque eles estão no aluguel social. São ao todo 10 no momento. Muitos já voltaram para seus imóveis para retomar a vida”. O povo da cidade tem ajudado muito. “É um povo espetacular. Até mesmo quem teve sua casa atingida e que tem uma condição melhor está ajudando. Até as crianças estão se mobilizando nas escolas pedindo doações. E apesar de termos adquirido colchoes, a ajuda nunca é demais”.
Foram 400 imóveis atingidos e ainda tem a situação das encostas que muitas pessoas tiveram que sair de suas casas. “Muitas comunidades foram atingidas. Foram várias ocorrências que continuamos apurando, fazendo visitas, conversando. Foi muita chuva. E além de tudo isso as pessoas ainda perderam suas coisas ou a estrutura da casa sofreu. Cada hora que passa aparece mais problemas e estamos buscando ajudar a nossa população”.
O governador Jerônimo Rodrigues esteve na cidade no último domingo (4) e foi recebido pelo prefeito. Ele viu de perto os problemas da cidade ele disponibilizou a Conder para resolver o problema do Rio Serjimirim com um projeto para manter o leito de forma normal e não desviar sentido a Rua das Viúvas na cidade. “Ele também doou ao município uma ambulância que já fomos buscar em Salvador, com a promessa de uma van e estamos pressionando porque a encosta da Rua H, no Sacramento, está desabando, a rua está rachada no meio e é algo de urgência”.
O prefeito disse que assim que assumiu fez a inscrição no PAC para a construção dessa encosta. “Está com meio caminho andado e o governador ficou de acelerar essa obra para não termos um dano maior. O Corpo de Bombeiros continua com a gente no gabinete de crise monitorando tudo. A secretária de Infraestrutura Hídrica esteve aqui para saber como está o abastecimento de água e estamos cobrando ações porque só o poder público municipal não tem condições de resolver todos os problemas”.
Para que não haja novas enchentes como essa, quando é algo estrutural como drenagem de águas fluviais, pode-se fazer algo. “Com o Rio Subaé não se pode fazer nada porque vivemos em uma bacia que recebe as águas do Rio Subaé. Essa é uma questão da natureza que, quando coincide com a maré alta, transborda. Fomos constituídas as margens desse rio”.
O que ele pode fazer já está fazendo que é o plano de contingência junto com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros para preparar a comunidade e os servidores para aturar em momentos como esse. “Vamos ainda identificar os pontos críticos de encostas para fazer as contenções. Estamos mapeando-as e vamos levar essas demandas ao Governo do Estado. Algumas encostas pretendo fazer com recursos próprios”.
As escolas já voltaram as suas atividades sem risco aos estudantes e funcionários. “A Escola Stela Mutti ainda é o nosso QG e por isso as crianças de lá estão tendo aula no CEEP. Só desmobilizaremos daquela área quando as coisas melhorarem. Retornamos, mas em alerta ainda”.
Para quem quiser fazer doações, o prefeito pede prioridade a alimentação. “Estamos doando colchões, estão chegando mais deles e cobertores. Precisamos mais de alimentos, materiais de limpeza e higiene. Quem quiser pode doar pode faze-lo na Escola Stela Mutti, na Praça da Purificação. Vou fazer um alerta: a Prefeitura não está pedindo PIX para ninguém e eu oriento que ninguém faça doação por PIX. Tem gente que aproveita essa vulnerabilidade da população para aplicar golpes”.
O Bembé do Mercado está de pé. “Ele é realizado e mantido pela Associação do Bembé do Mercado. É uma festa religiosa, com uma tradição de 136 anos e até então está mantida. A Prefeitura entra como apoiadora porque estamos em Estado de Emergência e não podemos custear. Infelizmente não conseguiremos fazer uma festa como o povo estava esperando”.
Sobre o São João, Flaviano diz que ainda é cedo para falar se essa situação comprometerá a festa junina. “Estamos avaliando os danos, as questões financeiras do município para investimentos porque tivemos que adquirir muitos itens para a população que vamos precisar continuar dando esse suporte. Vamos discutir no início do próximo mês ainda”.
A cantora santamarense Maria Bethânia fez um vídeo e postou nas redes sociais sobre as enchentes que atingiram a cidade. O prefeito disse que não falaria mais sobre o assunto para não dar Ibope a ela. “Só queria que os que tanto falam da terra de Santo Amaro seguissem o exemplo do Padre Fábio de Melo que não é santamarense e de imediato fez uma campanha em suas redes sociais para ajudar o povo da cidade”, finaliza.
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