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Jerônimo Rodrigues participa do Move Agroindústria Familiar da Bahia no novo Centro de Convenções de Feira de Santana

O evento reunirá cooperativas, associações, instituições financeiras e entidades de apoio para troca de experiências e fortalecimento de parcerias no setor.

13/03/2025 08h52 Atualizada há 5 dias
Por: Karoliny Dias Fonte: Boca de Forno News

 

Foto: Boca de Forno News 

O governador Jerônimo Rodrigues participou, nesta quarta-feira (12), às 19h, no novo Centro de Convenções de Feira de Santana, do Move Agroindústria Familiar da Bahia, evento promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).

A programação, que vai até a próxima sexta-feira (14), contará com mais de 20 oficinas temáticas, painéis de discussão e o Salão de Negócios, abordando temas como certificação orgânica, rastreabilidade, ferramentas de gestão, acesso a mercados e estratégias para ampliar a competitividade das agroindústrias familiares. O evento reunirá cooperativas, associações, instituições financeiras e entidades de apoio para troca de experiências e fortalecimento de parcerias no setor.

Em entrevista coletiva, o governador não escondeu a alegria de estar de volta a cidade, onde além de capacitação e planejamento está também anunciando investimentos no valor de R$ 200 milhões para a cidade. “É uma pauta importante para nós. Todo município da Bahia tem ao menos uma agroindústria como uma casa de farinha, uma unidade de extração de mel, um pequeno laticínio. Nós estamos apoiando as comunidades que precisam de algum tipo de aporte, seja conserto de equipamento, mão de obra, comercialização, ou investimento em estradas”, diz.

As cooperativas que estão participando do evento, ressalta o governador, praticamente todas já têm algum produto no mercado. “Chagamos nesse grau. E as que estão iniciando, engatinhando, não vamos deixa-las para trás. A intenção é que esse movimento puxe a atividade de agroindustrialização da Bahia, que ainda tem deficiência nessa área. Em muitos lugares ainda temos o trabalho braçal muito forte. A nossa intenção é fazer uma agenda de intensificação de tecnologia, de aprendizagem e sabemos do potencial do mercado que clama por um produto de qualidade, menos agressivo ao ambiente, com menos energia poluente e que cuide das pessoas que estão trabalhando”.

Jerônimo pede que as pessoas deixem de lado a política partidária e pense nas cooperativas que por mais independente que tente ser, tem algum grau de dependência com alguma Prefeitura. “O prefeito ou a prefeita sabe que uma cooperativa com 15 ou 20 cooperados são menos pessoas batendo na porta da Prefeitura. Pode fazer isso pedindo outra coisa de agroindustrialização, mas não para pedir emprego ou dinheiro para pagar contas”.

Foto: Boca de Forno News 

O governador ressaltou o pedido do presidente aos governadores para que se ainda tiver ICMS em algum produto castigando para reduzir. “Estamos no âmbito Consórcio do Nordeste e estamos vendo quais estados tem a dificuldade de zerar ou reduzir o ICMS dos itens principais como arroz, feijão, café, carne e quando ela é produzida no estado, mais um motivo para a redução. Nosso problema é a carne de charque, que estamos vendo a possibilidade de redução do ICMS de 12%, e no óleo comestível que estamos vendo se tem chance”.

José Ronaldo e hospital municipal

O gestor disse ainda que falou ainda com o prefeito José Ronaldo e questionou sobre o hospital municipal. “Ele me garantiu que vai fazer um hospital municipal. Feira de Santana não pode viver sem um hospital municipal. Quando uma cidade como a nossa não tem uma unidade como essa, quem tem uma simples dor de barriga bate no Clériston ocupando uma vaga que era de alta complexidade, o que pode ser resolvido por uma UPA ou Policlínica. Na hora da dor, ninguém quer saber, quer porta aberta”.

O próprio prefeito disse ao governador que quer se dedicar ao hospital municipal. “Não sei o tamanho ainda do projeto, mas ofereci terreno nas imediações do Posto Cajueiro, mas ele disse que tem outro para nos apresentar. Não vou interferir, vou sugerir porque a decisão é do prefeito. Conversei ainda com os ministros Alexandre Padilha e Rui Costa e pedi a eles ajuda. Vou colocar dinheiro na obra, nos equipamentos se for preciso e depois de aberto vou contratualizar serviços. Vou colocar dinheiro para o seu funcionamento”.

Sobre a Micareta, o prefeito também pediu ajuda para a festa. “Inclusive já abrimos uma parte do edital do Ouro Negro”.

Foto: Boca de Forno News 

Osni Cardoso

O secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, afirmou que o Move Agroindústria Familiar da Bahia, afirmou que essa é uma estratégia que começou a pouco tempo com o ex-governador Jaques Wagner e está se consolidando como uma das melhores de proteger a agricultura familiar e ao mesmo tempo garantir que esse produto que ele colhe tenha um objetivo final que é ao mesmo tempo ele consumir e vender.

“A alimentação escolar, o governador liberará R$ 500 milhões para essa compra e como também mercados nacionais e internacionais. E isso só foi possível porque um dia começou os investimentos. Faltou espaço nos hotéis de Feira de Santana e isso é bom porque é turismo de negócio. O evento coroa a estratégia e ao mesmo tempo garante que as cooperativas do agricultor familiar tenham a formação de dirigentes e ao mesmo tempo contratamos 480 profissionais da área de comercialização e burocrática para acompanhar nossas cooperativas e dar dignidade a nossa gente”.

Com o Governo do Estado já não há mais prazo para que eles recebam o que comercializaram com os seus produtos, que pode levar até seis meses. “Com o Governo do Estado não temos mais isso. Não tem mais na alimentação escolar. Só se ainda tiver com algum município, o que não temos como saber. Só se houve no primeiro ano de aprendizado, mas o tempo que mais durou foi dois meses e estamos equacionando isso. Estamos organizando inclusive o capital de giro porque essa dinâmica de um ou dois meses não é diferente de uma grande rede de supermercado. Quando chega em uma só recebe 60 dias depois que faz a primeira entrada”.

A solução tem sido o capital de giro e no próprio evento anunciou-se duas cooperativas com capital de giro: uma com R$ 500 mil e outra com R$ 300 mil, disse o secretário. “Estamos linkando essa relação, dando a base produtiva, a gestão e a comercialização. A melhor forma de comprar barato da agricultura familiar é comprar diretamente na mão dela. Tem instrumentos para isso e também a venda direta. As pessoas ainda compram suco de caixinha sem saber que temos suco de uva da agricultura familiar vendendo com um preço justo”.

A agricultura familiar ajuda ainda a manter o homem do campo no campo, ressalta. “Não tenha dúvida. Fui em um café em Mirangaba onde dois senhores de 70 anos produz o café a mão. A neta deles já estava acompanhando e disse que vai assumir a produção. E vamos fazer a agroindústria deles porque isso garante a permanência do povo no campo. Precisamos assistir as pessoas no campo para que elas morem com dignidade, se alimenta para que aconteça uma paixão maior pelo campo”, finaliza.

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