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Feira de Santana História de vida

Boca de Forno News entrevista o empresário Joaquim Cordeiro

Ele está completando 74 anos nesta terça-feira (4) e conta a sua história de trabalho.

04/02/2025 15h36 Atualizada há 11 horas
Por: Karoliny Dias Fonte: Boca de Forno News
Joaquim Cordeiro - Foto: Boca de Forno News
Joaquim Cordeiro - Foto: Boca de Forno News

O empresário Joaquim Cordeiro está completando 74 anos nesta terça-feira (4). Com uma carreira de sucesso na cidade, ele começou sua carreira como comerciário na cidade de Santa Bárbara, onde ficou por quatro anos. Em seguida, junto com um sócio, abriu um supermercado. Desfez dele para ir trabalhar no comércio de Salvador, onde tinha um restaurante pequeno. “Logo após vim para Feira de Santana onde abri o Bar Altiva. Achei um convite para ir para conhecer uma empresa em São Paulo. Fique por dois meses, gostei do ambiente e o dono me fez uma proposta para ficar”.

Na proposta que o dono dessa empresa lhe fez, ele lhe perguntou quanto queria ganhar. Joaquim voltou para a Bahia para buscar sua família. “Eu disse a ele que o mostraria quanto eu merecia ganhar com o meu trabalho e disse que um dia queria ser o seu sócio. Acertamos que ele me daria 0,5% do que ganhasse e partimos para o trabalho. Viajei por vários lugares para contratar carros, buscamos parcerias e conseguimos uma com uma empresa de ônibus. O pátio foi lotando e chegou uma época que precisamos ter manobrista para estacionar porque a empresa tinha crescido muito”.

No quinto mês de trabalho ele já estava tirando dez salários mínimos de ganhos. “No sétimo foi para 20 salários. Mostrei que tinha capacidade de interagir, acompanhar o que está em volta no mercado, o novo. A lei de mercado é pagar tributos e encargos, ser participante, anunciar seu trabalho na imprensa e usar a internet”.

Ele já tem 46 anos de trabalho. “Existem fases. Eu não creio em crise. Creio em pessoas desestimuladas. Onde tem consumo não tem crise. Depende de nós chegarmos até as pessoas e saber como chegar. Tem que ser humilde, respeitar o cliente, ser dinâmico, rápido e objetivo. Facilitar o produto e ter um atendimento humanizado. Se você serve um leite, ofereça ele servido. Se o cliente pede uma coxinha, não sirva se ela não está boa. Eu não faço isso”.

A convivência pacífica com os fornecedores e com os representantes também é essencial. “Com o Poder Executivo também porque ele é muito importante para nos dar rua limpa, iluminada e sem lixo. O prefeito faz o projeto de arrumar a casa e nós vivermos dentro dela”.

Joaquim ressalta ainda que hierarquia e disciplina é tudo no homem. “No comércio, na vida, no trabalho, na política. As vezes apenas reclamamos, mas precisamos agradecer termos um local bom para viver, água encanada, ter informação e música boa no rádio pela manhã porque não é fácil sobreviver no mercado. Precisamos de equilíbrio”.

O empresário voltou de São Paulo para Feira de Santana em 1978. “Quando eu tinha supermercado, comprava muito na Rua Sales Barbosa. Pedi informação de um ponto de comércio bom. Aluguei e fui trabalhar. Era difícil e limitado, mas as coisas foram acontecendo naturalmente. Quando você trabalha bem, com planejamento, tudo dá certo”.

Teve três lojas de confecções bem sucedidas. “Eu ia para São Paulo, Fortaleza, Belo Horizonte, Rio de Janeiro para comprar. Fui bem sucedido, mas o prédio não era próprio e não achei outro espaço tive que desistir da loja. Mas foi uma época muito boa em minha vida”, conta.

Hoje ele se sente realizado no comércio de Feira de Santana. Apesar dos 74 anos, ainda tem vigor para trabalhar. “Sou uma criança. Estou ótimo. Tenho fé em Deus, vontade, durmo e acordo bem, e o resultado disso é muita força, foco, fé e esperança. Acredite que você é capaz. O homem de bem achar oportunidade na dificuldade”, finaliza.

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