Nada ainda foi decidido em relação a Convenção Coletiva do Comércio de Feira de Santana 2024/2025. Isso porque, explica o presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Feira de Santana, Antonio Cedraz, eles pediram um aumento de no mínimo R$ 102 no salário e o Sindicato do Comércio (Sicomfs) chegaram a apenas 5,2% sobre o piso salarial. “Nós só fecharemos com um aumento de 6,55%, que dá um aumento de no mínimo R$ 102 e é acima do piso. Eles ofereceram 5.2%. Nós fecharemos com 6%, ou seja, que já baixamos o máximo”, explica.
Ainda conforme Antonio, o Sicomfs também não quer dar um abono para os gerentes. “E nós fecharemos com o abono para os gerentes. Porque o ano passado nós, para fechar a convenção, atendemos esse pedido que o gerente negocia direto com os proprietários. Soubemos que depois todos os gerentes ficaram contra nós porque disseram que os gerentes ficaram de fora por culpa do Sindicato. Esse ano, para nós, todos são funcionários, do zelador ao gerente. Então todos tem o mesmo direito. Esse ano só fecharemos a convenção se o gerente estiver recebendo igual a todos”.
Antonio ressalta ainda que o sindicato patronal não quer aceitar as homologações que serem feitas no sindicato. “Nós estamos nos fortalecendo. E essa questão da homologação, entendemos que é até bom para a empresa, porque a maioria das pessoas que saem vem fazer os seus cálculos conosco e, chegada à diferença, já começa um impasse. Com a gente, quando homologávamos antes da Reforma Trabalhista, algumas diferenças, algumas coisas que, por engano, o contador não colocava, reajustávamos ali, conversávamos com a empresa e ela pagava. Não havia essa demanda tão grande como a hoje tem na justiça trabalhista, abarrotando-a de processo”, disse.
Na opinião de Antonio, a homologação é um viés melhor para a empresa porque quando os funcionários saem do sindicato, já sai tudo resolvido. “Diferenças pequena se ajustam porque quando vai procurar o advogado, ele vai escarafunchar muito mais, o que é uma obrigação dele e está no direito. É para isso que ele está ganhando a questão. Aqui veremos o que está na última convenção e, se o funcionário achar que deve reclamar depois, aí é outro problema. Mas quando sai daqui, geralmente quase ninguém mais reclama. Ficam satisfeitos porque procuramos ver sempre o lado justo do empregado”, explica.
Em relação aos domingos, eles ainda vão ter que aceitar. “Ainda tem a lei federal que os protege, mas que está se voltando nisso, que eles querem trabalhar. Eles querem que continuemos trabalhando por oito horas e queremos que sejam apenas seis horas aos domingos e feriados. Esse é outro impasse que eles não querem aceitar, mas a temos que fazer uma mudança, porque a classe trabalhadora em todo o país está se tornando escravizada no Brasil. Porque se trabalha de domingo a domingo para folgar um dia na semana e que, na maioria das vezes, nem folgam. A escolha da folga é por conta da empresa e isso está se tornando impossível de continuar”, finalizou.
Uma nova reunião está marcada para o dia 8 de janeiro. O que é algo inédito, já que no máximo final de novembro e início de dezembro a convenção para o ano seguinte geralmente já está decidida. Vale ressaltar que é a convenção coletiva que define benefícios e condições de trabalho para os comerciários relacionados a reajuste salarial, abonos, adicionais, lanches, fardamentos, trabalho aos domingos e feriados, quebra de caixa, retorno de férias, horas extras e o Dia do Comerciário entre outras.
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