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Pablo Roberto avalia futuro político e mantém dúvida sobre renúncia na AL-BA

O deputado estadual Pablo Roberto ainda não decidiu se renunciará ao mandato na Assembleia Legislativa da Bahia.

29/11/2024 07h53
Por: Karoliny Dias Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O deputado estadual Pablo Roberto (PSDB), eleito vice-prefeito de Feira de Santana nas eleições deste ano, ainda não decidiu se renunciará ao mandato na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) para assumir o cargo na gestão da segunda maior cidade do estado.

Conforme apurou o site, nos bastidores, porém, a possibilidade de ele deixar a AL-BA para se tornar vice-prefeito é vista como improvável. Há articulações em andamento para que Pablo Roberto assuma uma secretaria na administração de José Ronaldo (União Brasil) em Feira de Santana, sem precisar abandonar a cadeira parlamentar.

Uma das estratégias envolve uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permitiria a deputados estaduais assumirem secretarias em cidades com mais de 500 mil habitantes, ampliando a licença hoje restrita a cargos de escalões superiores no âmbito federal, estadual e na capital baiana. A PEC iniciou oficialmente a tramitação ontem (28) na Casa.

A proposta, no entanto, enfrenta resistência na base aliada ao governo de Jerônimo Rodrigues (PT), que demonstra pouco interesse em favorecer o tucano, especialmente após sua aproximação com a candidatura de Zé Neto (PT) antes de apoiar o retorno de José Ronaldo à Princesinha do Sertão.

Aliados ouvidos pela reportagem avaliam que Pablo Roberto teme ser colocado em uma posição secundária na gestão de José Ronaldo, como um vice-prefeito sem protagonismo, o que comprometeria seu futuro político no grupo.

A preocupação seria que tal cenário inviabilizasse a promessa de lançá-lo como candidato do grupo em eleições futuras. Enquanto isso, um acordo com Paulo Câmara (PSDB), primeiro suplente da AL-BA, seria uma solução viável para preencher a vaga de Pablo no parlamento, independentemente de renúncia ou licença, caso a PEC seja aprovada.

A melhor alternativa para o deputado, segundo interlocutores, seria a aprovação da PEC, que o permitiria a preservar sua base eleitoral em Feira de Santana, onde construiu sua trajetória. Ainda assim, a decisão final sobre o rumo que tomará permanece incerta, e o parlamentar adota uma postura reservada, alimentando especulações sobre seu futuro político.

O deputado tem até o final de dezembro para renunciar ao cargo atual. Vale lembrar que, recentemente, antes de pairar a dúvida, ele chegou a dizer publicamente que deixaria a AL-BA para ser vice em Feira a partir do ano que vem. "Nós contratamos uma pesquisa, conversamos com as pessoas e definimos que o melhor é ficar em Feira", disse o tucano, em entrevista concedida à rádio Princesa FM, de Feira de Santana, na semana passada.

A chapa José Ronaldo e Pablo Roberto se consagrou nas urnas com 50,32% dos votos em Feira de Santana contra os 46,73% do petista Zé Neto. Os dois fizeram campanha em coligação composta por 12 partidos: União Brasil, DC, PDT, PL, PMB, PMN, PRTB, PRD, Republicanos, Solidariedade e a federação entre PSDB-Cidadania.

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