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Bahia Assédio sexual

Vereador é acusado de assédio por servidora do município de Queimadas

Acusação foi feita em 2017 e Lázaro José (PSB) pode ser cassado.

01/05/2024 08h45
Por: Karoliny Dias Fonte: Boca de Forno News
Foto: Reprodução / Redes Sociais
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Um vereador da cidade de Queimadas, localizado na região Sisaleira, a cerca de 300 km de Salvador, pode perder o seu mandato por causa de uma denúncia de assédio feita em 2017. Quem fez foi Débora Ferreira, servidora do município. Segundo ela, quando trabalhava em uma das Secretarias Municipais da cidade, foi assediada pelo vereador primeiro através de mensagens via redes sociais. “Essas mensagens foram se intensificando até eu ser trancada na sala dele, ser imprensada contra a parede, ter sido beijada a força e ter tido os meus seios tocados. Ele tocou em meu corpo. Eu tentei empurra-lo e fiquei em cárcere. Ele trancou a sala com a chave”.

Ela conseguiu sair da sala por uma porta lateral que não estava trancada. “Após esse episódio, apresentei provas contundentes do assédio e estou com a verdade”. Por esse motivo, um processo com o pedido de cassação do vereador foi instaurado na Câmara de Vereadores da cidade e houve uma reunião nesta terça-feira (30) para decidir quem serão os vereadores que farão parte da comissão que analisará o caso e decidirá o futuro de Lázaro. “Espero que os vereadores façam o que nós esperamos: que represente a nós mulheres que somos vítimas desse crime para que não aconteça novamente nem comigo e nem com nenhuma outra mulher”.

Lázaro ocupava, até o último dia 23, um cargo na Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), ocupada pelo deputado licenciado do Angelo Almeida, do seu partido, mas foi exonerado por causa dessa denúncia.

Em resposta, o vereador disse que que as denúncias feitas contra ele não procedem e que ele vai aguardar o resultado dos processos que tem contra ele. Lázaro já responde na justiça por esse crime. “Houve um levantamento falso dessa pessoa contra mim para tentar me prejudicar. O processo não tem fundamento, não tem prova e não avançou e não vai avançar. Não há provas que o sustente”.

Ela acusa ainda a servidores de, sete anos depois e em um ano eleitoral, requentar mais uma vez a denúncia. “Talvez seja porque não faço mais parte ao grupo político que pertencia anteriormente. Mas como não devo, eu não temo. A Câmara irá analisar o julgar e estarei aqui fazendo a minha defesa. No momento certo, a população, a comunidade, os eleitores verão toda a verdade”.

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