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Economia Febre aftosa

Bahia é um dos estados que estão livres da febre aftosa, diz coordenador da ADAB em Santo Amaro

Evandro Morais afirma ainda que o estado pleiteará esse mesmo feito internacionalmente.

26/03/2024 10h57
Por: Karoliny Dias Fonte: Boca de Forno News
Evandro Morais, médico veterinário e coordenador regional da ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) de Santo Amaro da Purificação - Foto: Boca de Forno News
Evandro Morais, médico veterinário e coordenador regional da ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) de Santo Amaro da Purificação - Foto: Boca de Forno News

Evandro Morais, médico veterinário e coordenador regional da ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) de Santo Amaro da Purificação, falou sobre a Portaria Mapa de nº 665, de 21 de março de 2024, que reconhece nacionalmente os estados de Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal como livre de febre aftosa sem vacinação. Essa portaria ainda disciplina o armazenamento, a comercialização e o uso da vacina contra a febre aftosa e disciplina o trânsito de animais vacinados contra a febre aftosa.

Conforme Evandro, essa é uma notícia de extrema importância, já que a Bahia luta há 60 anos contra a febre aftosa. “Hoje somos reconhecidos como livres da vacina e no próximo ano, com fé em Deus, vamos ser reconhecidos internacionalmente. A portaria entra em vigor a partir do dia 2 de maio e a partir de 1º de abril teremos a nossa última campanha de vacinação contra a febre aftosa”, disse.

Ele alerta aos criadores que ainda é necessária essa última vacinação em abril que se estende até o dia 30 de abril. “A campanha é curta e o criador tem que se atentar para a vacinação porque é nossa última campanha. Todos os animais, de mamando a caducando, precisam ser vacinados. O criador tem que comparecer no escritório da ADAB para fazer essa declaração. A partir de maio é que não precisaremos mais vacinar. Ficaremos livres e sem vacinação de febre aftosa”.

Para Evandro, é um marco histórico para o estado e é preciso reconhecer o trabalho valoroso dos que há 60 anos iniciaram essa batalha. “Hoje fazemos parte dessa história. Estamos há mais de 20 anos batalhando nesse serviço e esse é o reconhecimento do nosso trabalho. Não só do nosso como principalmente do produtor porque é ele a ferramenta mais importante. Se o produtor não abraçar o nosso objetivo, não conseguimos chegar lá”, explica.

Um feito como esse tem um impacto muito grande na economia não apenas para o estado da Bahia como também para o país. “Antes dessa portaria, a China já tinha aumentado uma quantidade expressiva de matadouros que podem exportar para lá. Os impostos que são pagos na exportação são revestidos para a população. Nós ainda não temos nenhuma planta habilitada para a exportação de carne bovina, mas temos certeza que com essa questão da zona livre, em breve, teremos carne bovina da Bahia exportada para outros países”.

Apenas quatro estados do Nordeste não estarão livres da febre aftosa: Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas e Ceará. “O resto da Brasil está todo livre e sem vacinação. Temos que ter uma vigilância por isso porque os bovinos desses estados que continuam se vacinando não tem permissão para entrar nos estados que não tem vacinação, mas acreditamos que muito em breve, no início de 2025, esses estados já sejam também reconhecidos como livres”.

A partir do dia 2 de maio é proibida a comercialização de vacina da febre aftosa no estado e em toda a região que seja livre. Animais suscetíveis a febre aftosa não é permitida a entrada nos estados que são livres sem vacinação. “Tem todo um protocolo que é estabelecido por legislação para que esse trânsito seja regulamentado. É um passo grande que nós damos para a questão da sanidade do rebanho que sempre estamos falando. Existem outras doenças, mas a aftosa é o carro chefe para a questão comercial”.

O rebanho baiano tem mais de três milhões de cabeças. “É um rebanho muito representativo e um dos maiores do Brasil, visto que a Bahia é um estado grande. Temos muito a crescer ainda e com condições de aumentar esse rebanho. Nosso estado é rico para isso. Temos possibilidades de aparecer no cenário nacional na questão da produtividade de bovinos”, ressalta. 

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