Em Feira de Santana, o governador Jerônimo Rodrigues para entregar obras na área da educação, infraestrutura e segurança pública. O governador sancionou a Lei de Reestruturação Organizacional da Polícia Militar, que engloba a nomeação dos comandantes e a criação das Companhias Independentes de Policiamento Especializado (CIPE Leste) e de Mediação de Conflitos Agrários e Urbanos.
Ele ainda inaugurou a Casa da Gestante, Bebê e Puérpera do Hospital Estadual da Criança, um espaço fundamental para o cuidado e atendimento especializado às mulheres grávidas e seus bebês. Autorizou ainda o início das obras do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), que desempenhará um papel crucial no esclarecimento da causa de mortes suspeitas. A visita do governador aconteceu na manhã desta segunda-feira (22).
Jerônimo assinou o ato de nomeação de três comandantes que dirigirão três pelotões. “Uma Companhia é daqui, para cuidar mais da nossa cidade. Não me contento de ver os números alarmantes e tenho investido concurso público para a polícia, em viaturas, em pelotões, companhias, delegacias, drones, melhorias das condições salariais e os números da cidade ainda são alarmantes. Mas não vamos baixar a guarda”.
O governador acredita que venderá ao que ele chama de guerra porque todas as vezes que uma família perde alguém para o crime ou para as drogas é uma guerra sem fim. “Eles as vezes não tem forças de arrancar aquele jovem de um ambiente pernicioso, malvado e tenho investido na segurança pública, mas não é só isso”.
Em breve, o governador disse que lançaria o Bahia pela Paz, o que é o equivalente ao Pacto pela Vida. “Vamos demonstrar força na polícia, mas também ações de cultura, geração de emprego e renda, de educação e fazermos um colchão de proteção para a nossa juventude. Tenho certeza que as famílias, igrejas, vereadores, prefeito e imprensa nos ajudarão bastante”.
Jerônimo visitou ainda a duplicação da BA-502, que liga o município de Feira de Santana à São Gonçalo dos Campos. “Com fé em Deus, entregaremos essa duplicação no segundo semestre. Sabemos a sua importância e agradeço o envolvimento dos comerciantes que compreenderam, dialogaram com a gente e não precisamos derrubar nenhum comércio ou fazer processo de desapropriação”.
A obra custou quase R$ 50 milhões. “Vai dinamizar todo o seu entorno. Espero que possamos fazer uma intervenção na feira do Tomba. Precisamos cuidar das nossas feiras livres. Não dá para termos as nossas feiras como estão, com lixo. Vamos fazer uma agenda de investimentos porque Feira de Santana merece ser um cartão postal da Bahia. Todos que passam por aqui precisam ver uma cidade bem tratada e bonita”.
Morte do professor Cazumbá
Jerônimo lamentou ainda o falecimento do professor Jorge Cazumbá. O professor morreu na tarde de domingo (21), aos 75 anos. Funcionário público da Prefeitura de Feira de Santana, ele estava em Salvador, no bairro Cajazeiras, quando teve um mal súbito. Ele chegou a ser levado ao Hospital Eládio Lassére, mas não resistiu.
“Vamos pedir a Deus pelo seu descanso. Sempre quando perdemos pessoas muito queridas ficamos muito sentidos”.
Naufrágio em Madre de Deus
Jerônimo lembrou ainda a tragédia que aconteceu na cidade de Madre de Deus em que seis pessoas morreram em um naufrágio de uma embarcação que fazia a travessia entre a Ilha de Maria Guarda e o porto de Madre de Deus. “Não podemos ficar reclamando, mas é importante registrar que, tanto a Marinha que tem o cuidado de zelar pelas embarcações que ali trafegam, como os consumidores não podem entrar no vício de utilizar transportes marítimos clandestino. Não podemos, de forma nenhuma, abrir mão da responsabilidade com a vida. Não podemos brincar com a vida de crianças, precisamos protege-las”.
O governador disse que desde ontem acionou o prefeito da cidade, Dailton Filho (PSB), e o comandante Geral dos Bombeiros que foi ao local para dirigir a operação dos bombeiros. Ele contatou ainda a secretária de Saúde, Roberta Santana, para socorrer os feridos, viabilizando a parceria com os SAMUs da região e a abertura de espaços nos hospitais estaduais para ajudar as pessoas com vida. Agiu ainda com o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para agilizar a liberação dos corpos dos mortos.
“Fizemos o nosso papel de Estado com o coração machucado, magoado, triste, mas tínhamos que fazer. Me solidarizo com as famílias de Madre de Deus e outros municípios. Peço ainda prudência para que as pessoas não possam brincar com a vida”, disse.
Assassinato de indígena
Ele falou ainda sobre o assassinato de uma indígena no estado. Dois fazendeiros foram presos acusados de homicídio e tentativa de homicídio ocorrido no território de Caramuru, em Potiraguá, no extremo sul da Bahia. Nega Pataxó, irmã do cacique Nailton Muniz Pataxó, do povo indígena Pataxó-hã-hã-hãe, foi assassinada na tarde deste domingo, 21.
A indígena foi vítima de disparos de arma de fogo, junto com o cacique Nailton Muniz Pataxó, que também foi atingido e segue internado. “Nos movimentamos para salvaguardar as vidas daqueles indígenas que, numa disputa com fazendeiros, acabaram morrendo. Quero deixar claro que, como governador, não vou permitir qualquer ato de justiça que algumas pessoas acham que podem fazer com suas próprias mãos”.
Jerônimo ressaltou que quem fazer justiça é a própria Justiça, segundo a lei e a Constituição Federal. “Nem um lado e nem outro pode abrir mão de fortalecer a Constituição Federal. Determinei a apuração e punição para os culpados. Tem três pessoas presas. A delegada está cuidando de ouvir os indígenas hospitalizados para que tenhamos mais informações”.
Ainda conforme Jerônimo, ele recebeu uma ligação do presidente Lula para saber se poderia ajudar de alguma forma nessa situação. “Ele me questionou se procurei todos os ministros que deveria e expliquei a ele que esse era um conflito com terras indígenas. A responsabilidade do território indígena é da Funai, mas nós não abrimos mão de fortalecer a guarnição e enviar mais companhias especializadas”.
Jerônimo explicou que o trabalho começou na última quarta-feira (17), quando começou um chamamento para enfrentar os indígenas no local na sexta-feira. De lá para cá, Jerônimo disse que as ações do Estado não pararam. Foram enviados Policiais Civil e Militar para trabalhar na situação. Estava quase pacificado até ontem, às 11h, para suspender o processo e depois disso começou o tiroteio e flechas. Acabou acontecendo a morte de uma indígena e mais seis estão hospitalizados. “Nós não vamos baixar a guarda”.
O governador ressaltou que a criação da Companhia Independente de Mediação de Conflitos Agrários e Urbanos não é resultado deste conflito. Ela já estava prevista e aconteceu esse ato. O novo comandante dessa companhia é de Feira de Santana.
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