A Bahia, estado com maior percentual de negros do Brasil, apresentou uma queda na linha da pobreza em 2022. Segundo pesquisa divulgada ontem (6), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Bahia apresentou uma estimativa de 50,54% de pessoas pobres, o que é menor do que o ano de 2021, quando as taxas eram de 55,8%.
Na capital, quatro em cada 10 moradores de Salvador (36,9%), viviam em situação de pobreza monetária.
De acordo com dados do IBGE, em 2022, metade da população baiana, que corresponde a 50,5% passou a ser considerada pobre e uma em cada 10 pessoas no estado, equivalente a 11,9%, estivesse em condição de pobreza extrema. Salvador é a segunda cidade em números absolutos de pobreza, cerca de 1,075 milhão de pessoas estavam abaixo da linha de pobreza monetária no ano passado, representando a perspectiva de 36,9%. Em comparação ao ano de 2021, quando havia atingido 40,3% da população, a pobreza também mostrou uma redução.
No ano passado, para se considerar pobre na Bahia, a pessoa tinha que possuir uma renda domiciliar per capita diária abaixo de R$637, contudo metade da população baiana tinha a renda domiciliar inferior a esse valor, sendo considerada pobre em termos monetários. O estado tinha o segundo maior contingente de pessoas em situação de pobreza do país, com 7,590 milhões, perdendo para São Paulo com 9,197 milhões de pessoas na pobreza.
Mariana Viveiros, da seção de disseminação de informações do IBGE, diz que é possível uma estabilidade nesta queda. “O índice apresentou um aumento agudo em 2021, e queda em 2022, A tendência predominante é de certa estabilidade nessa redução, mas ainda bem acima do que estava antes.” diz Viveiros.
A pesquisa destaca que em 2022 a Bahia tinha uma liderança nacional na extrema pobreza monetária, com o maior número absoluto de pessoas nessa condição, aproximadamente 1,791 milhões. Ou seja, 11,9% da população se mantinha com rendimento domiciliar mensal menor do que R$200. O estado tinha a quarta maior taxa de extrema pobreza do país, abaixo apenas de Maranhão (15,0%), Acre (14,0%) e Alagoas (13,1%).
Sendo o estado com maior percentual de pretos ou pardos, cerca de 60,7% das pessoas não recebiam benefícios de programas sociais governamentais como o bolsa família. No ano passado, o rendimento domiciliar na Bahia foi de R$1.000, mostrando um aumento de 6,7% frente a 2021, quando havia sido de R$937. De modo geral, uma pessoa branca no estado, recebia renda familiar estimada em R$1.427), constatando 55,3% superior ao de uma pessoa parda e 62,0% maior do que o de uma pessoa preta. Porém, a desigualdade de renda domiciliar mensal na Bahia entre brancos, pardos e pretos era menor que no Brasil como um todo. Na capital, essa proporção mostrou leve aumento, passando de 24,7% em 2019 para 25,1% em 2022.
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