Secretário de Segurança Pública (SSP-BA), Marcelo Werner disse ontem que a Bahia é mais “transparente” nos dados da violência do que outros estados. Por isso, segundo ele, dados como o do Fórum Brasileiro de Segurança Pública colocam o território baiano tão mal posicionado.
Ontem, o anuário mostrou que o estado tem 12 das 20 cidades com mais homicídios do país – no recorte de municípios com mais de 100 mil habitantes. A Bahia registrou 6.659 mortes violentas intencionais em 2022. A soma total de mortes violentas engloba os homicídios dolosos, incluindo feminicídios, que são homicídios qualificados; lesões corporais que terminam com morte; latrocínios, que é quando a vítima é assassinada para que o roubo seja concluído; mortes de policiais e assassinatos cometidos por eles.
O município com maior taxa de mortes violentas é Jequié, que, vale destacar, nem está na lista das 10 maiores cidades baianas, com base no Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A cidade tem taxa de mortes violentas de 88,8 a cada 100 mil habitantes.
Outras três cidades baianas têm taxa superior a 80, e seguem Jequié com as mais violentas do país: Santo Antônio de Jesus (88,3), Simões Filho (87,4) e Camaçari (82,1).
“A gente respeita toda e qualquer publicação que é feita pelas organizações. Cada uma tem sua metodologia. Parte desse resultado é com base em informações que a gente fornece e eu brigo muito pelo padrão do fornecimento das informações”, declarou Marcelo Werner, em entrevista concedida à rádio Salvador FM.
“Tem estado que diz ter 2 mil mortes a esclarecer e isso acaba gerando distorção. Tive oportunidade de falar isso para uma pessoa do fórum. A gente sabe que é um dado que temos que trabalhar, temos trabalhado, mas temos que ter um panorama igual para todos os estados. A gente é o mais transparente possível e acaba sofrendo pelos dados estarem corretos”, emendou.
O titular da SSP, porém, admitiu que a pasta aumentou a sua atuação nas cidades elencadas no anuário. “Essas cidades citadas, desde o início da minha gestão, apontamos como locais que temos que observar, tanto que fizemos grandes operações”, disse Werner.
“Hoje, em razão das ações que fizemos, diminuiu. Preferimos entregar os números reais. Sabemos o que temos que fazer e temos feito”, garantiu o secretário, que admitiu, durante a entrevista, que há uma interiorização das facções criminosas.
“Não é esconder dado. É uma realidade que temos que enfrentar. Essa dinâmica de violência no interior vem junto com a interiorização das facções que causa esse conflito. Fizemos operações e a reestruturação da polícia”, completou Marcelo Werner.
Na ocasião, Marcelo Werner afirmou que sequestros têm se tornado mais recorrentes em função do uso da ferramenta de transação bancária PIX. "Isso é uma tendência nacional, por conta do uso do PIX. Cada vez mais as pessoas saem sem dinheiro, e se for parar para pegar nossas carteiras aqui, capaz de a gente não conseguir chegar R$ 100, se for juntar cada um da gente", pontuou.
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