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O Funcionalismo Público Estadual e o descaso de seus governantes

Artigo por Alberto Peixoto

13/05/2023 08h56
Por: Boca de Forno
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

 

Como se não bastasse o ex-governador da Bahia, Rui Costa, humilhar os Servidores Públicos baianos com uma reforma da Previdência Estadual mais do que criminosa, reforma esta com perdas salariais e dificuldades para aposentar, além de oito anos e 5 meses sem correção dos salários, – 9 datas bases – o atual governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, funcionário público lotado na Secretaria de Educação do Estado, anuncia um reajuste para a classe de míseros 4%.

Mesmo sabendo das dificuldades pelas quais passam os integrantes deste segmento, já que também é servidor público, propõe um reajuste que não chega nem perto das perdas salariais, que já acumulam 53% – dados fornecidos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, DIEESE – para supostamente repor as perdas inflacionárias do período de 2015 a 2022.

“Não deve ser verdade! Provavelmente uma brincadeira de mal gosto, mesmo o primeiro de abril, o dia da mentira, já ter passado” – sentencia Maria Evangelista, professora primária do estado. Caso esta proposta não seja uma fake news, ainda tem mais um agravante gigantesco para massacrar mais ainda o Servidor Público.

Conforme publicou o site POLITICALIVREo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, encaminhou à Assembleia Legislativa um Projeto de Lei que propõe um aumento de 4% no valor das contribuições do Planserv, o Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais.

Em janeiro de 2022, ano eleitoral, o estado da Bahia autorizou um reajuste de 4% aos servidores públicos e em seguida aumentou também 4% na contribuição do PLANSERV

É o conhecido “dá com uma mão e toma com a outra”. Caso este absurdo venha acontecer, fatalmente o Servidor Público do Estado da Bahia vai estar, como durante os últimos oito anos do governo Rui Costa, desprestigiado, com todos os seus direitos aviltados.

Questionado sobre esta situação inusitada, o servidor Armando Bahia acusa os sindicatos de inoperância. “Durante todo governo de Rui Costa os sindicatos não tiveram uma atitude mais incisiva com relação à política salarial, sempre dizendo que estavam participando de uma mesa de negociações com o governo, mas na realidade se tornaram verdadeiros Pelegos. Espero que neste atual governo atuem de forma mais categórica” - desabafa o servidor.

Infelizmente os sindicatos, que foram criados para defender o trabalhador, nos últimos anos passaram a ser patrão.

Alberto Peixoto

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