Os candidatos à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), realizaram noite de sexta-feira (28), na TV Globo, o último debate do segundo turno das eleições. Durantes as horas de conversa, eles fizeram comparação entre os períodos em que cada um esteve à frente do governo, trocaram acusações de corrupção e de mentiras e prometeram ganhos no salário mínimo.
Em resumo, Lula e Bolsonaro também falaram de: pandemia de Covid-19; Bolsa Família e Auxílio Brasil; política externa armas de fogo.
Salário mínimo
Logo no início do debate, o primeiro tema que surgiu na interação entre os candidatos foi o salário mínimo.
Bolsonaro questionou Lula sobre os ataques que o PT fez nas propagandas eleitorais a respeito do assunto e aproveitou para anunciar, apenas a dois dias da eleição, um salário mínimo de R$ 1,4 mil.
Acusações de mentiras
Quando o tema foi combate à pobreza, Lula disse que 33 milhões de pessoas passam fome no país . Bolsonaro mencionou os valores pagos pelo Auxílio Brasil e pediu para Lula parar de mentir.
Lula pediu direito de resposta e afirmou que Bolsonaro sabe “quem mente no país”.
Durante uma discussão sobre reajuste do salário mínimo, os candidatos trocaram novas acusações. Bolsonaro disse que o PT fez propagandas no horário eleitoral com informações mentirosas sobre medidas econômicas supostamente defendidas pelo governo. Além de chamar Lula de “mentiroso”
Corrupção e menção a Jefferson
O assunto da corrupção foi tratado em diversos momentos do debate. Entre elas, o ex-presidente citou uma reportagem do portal UOL que afirmou que a família Bolsonaro comprou 51 imóveis com dinheiro vivo nas últimas décadas; o escândalo de corrupção envolvendo o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro,
Bolsonaro rebateu Lula, mencionou os processos que o ex-presidente enfrentou durante a operação Lava Jato e o chamou de “bandido”. Bolsonaro também falou sobre o esquema de corrupção do mensalão e tentou atrelar a imagem do ex-deputado federal Roberto Jefferson à do petista.
Lula mencionou que Jefferson é aliado de Bolsonaro nestas eleições e que o presidente tentou esconder o ex-deputado federal. Lula lembrou da agressão de Jefferson contra policiais federais no domingo (23).
Covid-19, investimentos na saúde e viagra
Lula fez críticas à gestão de Bolsonaro no tratamento da pandemia da Covid-19. Ele perguntou para o presidente os motivos que levaram o governo a “negar a doença e a vacina”.
Bolsonaro disse que foram adquiridas mais de 500 milhões de doses de vacina e negou ter recusado o imunizante.
Lula ainda criticou a compra pelas Forças Armadas de mais de 35 mil unidades de sildenafila, medicamento conhecido pelo nome comercial de viagra. O presidente disse, em resposta, que o “viagra é usado para vários tratamentos […] O viagra é usado para tratamento de próstata”.
Sobre os investimentos na Saúde, Lula perguntou a Bolsonaro o número de ambulâncias compradas e de hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBS) construídos nos últimos quatro anos.
Bolsa Família x Auxílio Brasil
Lula e Bolsonaro trocaram críticas sobre os programas voltados às famílias em situação de extrema pobreza e pobreza. O candidato do PL perguntou a Lula “por que ele pagava tão pouco” aos beneficiários do Bolsa Família.
No governo de Bolsonaro, os beneficiários do Bolsa Família passaram a ser atendidos pelo Auxílio Brasil – a versão repaginada do programa social criado em 2003.
Hoje, o Auxílio Brasil prevê o pagamento de R$ 600 aos beneficiários. A proposta do Orçamento para 2023 prevê valor de R$ 400, em vez dos R$ 600 que serão pagos até o fim de 2022.
Visita ao Complexo do Alemão e armas
O presidente criticou o evento de campanha de Lula no Complexo no Alemão, no Rio de Janeiro. O petista foi ao local no início do mês.
“Lula, você esteve no complexo do Alemão esses dias. Não foi para ver o povo trabalhador, o povo ordeiro, 99% ou mais da população, cidadãos de bem. Você esteve lá se encontrando com os chefes do narcotráfico, os chefões. Ninguém entra lá sem estar acompanhado da polícia”, afirmou Bolsonaro.
O presidente também fez ataques à campanha do ex-presidente de “desarmar o país” e também citou a redução da violência no seu governo e afirmou que, na gestão petista, os homicídios cresceram 30%.
Lula afirmou que “visitou gente extraordinária”. “Eu fui ao Complexo do Alemão visitar gente extraordinária, porque eu sou o único presidente da República que tenho coragem e moral de entrar numa favela”.
Mandato de ‘deputado’
No final do debate, quando fazia as considerações finais, Bolsonaro cometeu um lapso e disse que está pronto para mais um mandato de “deputado”. Ele se corrigiu logo em seguida e disse: “presidente”.
“Muito obrigado, meu Deus, e se essa for a sua vontade, estarei pronto para cumprir mais um mandato de deputado federal… presidente da República”, disse o presidente.
Bolsonar Bolsonaro segue internado em Brasília e passará por novo procedimento para conter soluços
Carla Zambell Carla Zambelli troca de cela em presídio de Roma após episódios de agressão
Reabilitação Bolsonaro inicia reabilitação após cirurgia em Brasília
Expulsão Lula quer expulsão de servidor que agrediu mulher e criança no DF
Dosimetria Lula avalia veto ao PL da Dosimetria em ato de 8 de janeiro
Vila Natalina Vila Natalina dá visibilidade a mulheres empreendedoras em Antônio Cardoso 
Mín. 22° Máx. 37°
Mín. 22° Máx. 35°
Chuvas esparsasMín. 21° Máx. 31°
Tempo nublado



