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Bahia Jequié

Jorge Solla critica Governo Federal e defende nome de Jerônimo para a sucessão

Deputado federal ainda falou se houve ou não convite para Ronaldo ser vice na chapa do PT.

21/03/2022 18h10 Atualizada há 4 anos
Por: Karoliny Dias Fonte: Boca de Forno News
Foto: Boca de Forno News
Foto: Boca de Forno News

O deputado federal Jorge Solla (PT) esteve na cidade de Jequié nesta segunda-feira (21) para a inauguração do Hospital da Crianças. Em entrevista coletiva, o deputado falou sobre diversos assuntos. Dentre eles, sobre a unidade médico-hospitalar da qual participou da inauguração, construída em formato de castelo e que atenderá crianças residentes em 26 municípios da região. O hospital funcionará em área anexa ao Hospital Geral Prado Valadares (HGPV).

Para Solla, além de um grande hospital, o local vai virar um ponto turístico. “Nós temos agora três conjuntos arquitetônicos belíssimos: um clássico, um moderno e um medieval integrando a estrutura do hospital”, destaca. Solla lembra ainda que quando assumiu a Secretaria de Saúde do Estado em 2007, o Prado Valadares era considerado como o pior hospital regional da rede. “E hoje não deve nada aos melhores hospitais, graças a investimentos feitos pelos governadores Jaques Wagner e Rui Costa”.

Governo Federal

Ainda segundo Solla, o Governo Federal não tem ajudado o Estado na questão saúde. Prova disso é péssimo enfrentamento a pandemia, a pior tragédia sanitária que o país enfrentou, diz o deputado. “Foi difícil enfrentar a pandemia com um governo desse, negacionista e genocida, que foi contra a vacina, foi contra as medidas adequadas de proteção”.

Fora isso, o Governo da Bahia não recebe recursos novos para o custeio de novas unidades desde 2016, reclama. “Nem Temer e nem Bolsonaro colocaram um centavo de recursos novos. E olha que já tivemos diversos novos hospitais inaugurados. São 26 policlínicas que não recebem um tostão de financiamento federal. Estamos vivendo um governo que desmonta as políticas públicas e tem sido uma tragédia para todas elas”, afirmou.

Solla disse que desde que começou a trabalhar na área de saúde em 1984, nunca viu uma ação do Ministério da Saúde tão destrutiva, tão negativa para o Sistema Único de Saúde (SUS) como tem visto. “Rui teve inclusive que entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir recursos. O pouco que veio, veio por decisão do STF”.

E os impactos já são grandes, lamenta o deputado. A mortalidade infantil e materna aumentaram, o número de estudantes na rede pública reduziu, o impacto dos indicadores de saúde são tristes. “Hoje eu vi um dado assustador. Esse é o terceiro ano que a vacinação no Brasil, e não estou aqui falando de Covid não, reduziu. A vacinação contra sarampo, paralisia, tétano, coqueluche, difteria diminuiu. qualquer ano consecutivo que está caindo. A mortalidade infantil, que vinha caindo a mais de 20 anos, voltou a subir”.

Solla disse que isso é resultada da fome, da miséria, do desemprego, da destruição das políticas de assistência social e da destruição da rede de proteção social. “Temos um governo esse que não é favorável a vida e a saúde dos brasileiros”.

Obras do Estado

O Estado tenta passar por cima desse obstáculo fazendo um esforço de aumentar a arrecadação própria. “O orçamento para a saúde tem aumentado e não é de agora. É algo progressivo. Sempre vai faltar algo para fazer numa área tão importante para o Brasil, mas não se pode fazer tudo de vez. O fundamental é ter uma diretriz contínua de investimentos, de melhoria da qualidade e melhoria da oferta”.

Jerônimo Rodrigues

Jorge Solla está extremamente confiante de que o PT vencerá as eleições como venceu com Rui Costa em 2014 e 2018. Segundo Solla, a receptividade ao nome de Jerônimo tem sido muito boa. “Tivemos uma pesquisa que mostrou que essa receptividade é forte e tem uma relação estreita com a avaliação que a população faz dos governos do PT no estado e com a expectativa de retorno do presidente Lula. O povo quer fazer com que tenhamos uma bancada ainda maior de deputados estaduais e federais”.

Agora, o deputado diz que não quer mais ser da oposição, mas da situação. “Desde o golpe em Dilma estou fazendo política de redução de danos. Estou lá sentido que eu estou com o pé na porta tentando diminuir o estrago, reduzir a destruição que o governo Bolsonaro vem fazendo. Agora, eu quero ajudar Lula reconstruir o Brasil”, diz.

Segundo Solla, Jerônimo ainda nem se colocou como candidato e os resultados das pesquisas já são bons. A baixa rejeição, a alta pontuação quando se associa o seu nome ao de Rui Costa e ao de Lula. “Até os dados espontâneos. Há oito anos os dados de Rui foram os mesmos. Agora vamos ter que trabalhar e colocar o nome de Jerônimo como aquele que dará continuidade a um trabalho vitorioso de 16 anos no nosso estado e mudou completamente a cara da Bahia”.

Saída do PP da base

O deputado falou ainda como viu a saída do PP da base governista. Conforme ele, o PP da Bahia já estava junto com o governo Bolsonaro e os seus primórdios. “Não vamos esquecer que o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, é do PP. Não vamos esquecer que o vice de Bolsonaro será do PP. E não vamos esquecer que a bancada do PP estava na base do governador Rui Costa, mas estava o tempo todo em Brasília votando com o Bolsonaro, ou seja, eles participaram das políticas públicas do governo Bolsonaro tão negativas para a população”, falou.

Outro aspecto ao qual Solla chama a atenção é que boa parte de lideranças, deputados e prefeitos do PP já não viriam com o grupo há muito tempo. “Posso citar para vocês os nomes de várias lideranças do PP que já estavam na campanha de ACM Neto. Uma parcela do PP não viria com a gente mesmo que você desse o cargo de governador para o homem do PP”, explica.

Do outro lado, ainda de acordo com Solla, tem uma parte do PP, que ele não sabe quantificar, que continuará com o grupo de Rui. “Estivemos com vários prefeitos aqui da região que já estão declarando apoio a Jerônimo. Tenho certeza que uma parcela importante, uma parcela significativa do PP estará e já está conosco na campanha de Jerônimo”, disse.

José Ronaldo

Questionado sobre se existe algo de concreto em um possível convite que teria sido feito ao ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho, para ser vice na chapa de Jerônimo Rodrigues, Solla afirmou soube pela imprensa que Ronaldo não está satisfeito do lado de ACM Neto.

“Mas do nosso lado, até onde eu sei, não há nenhuma conversa, nenhuma movimentação para que ele vá para a base de Rui. Não posso dizer a você que há fechamento de diálogo porque política é diálogo, é conversa. Agora, acho improvável a vinda de Zé Ronaldo pela história e por toda a trajetória dele”, finalizou.

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