O sargento Ailton Portela, coordenador da Guarda Mirim de Santo Amaro, falou sobre o andamento do órgão. Segundo ele, devido a pandemia, eles recuaram um pouco os trabalhos, o que considera como normal porque foi preciso respeitar as indicações da Organização Mundial de Saúde contra o coronavírus. “Por isso foram suspensas todas as atividades pelas autoridades. Quando se trata de crianças, principalmente dos filhos dos outros, nós temos que tratar como se fossem nossos”, disse.
Nos últimos seis meses, com o aumento da vacinação e a diminuição de casos, eles começaram a receber várias crianças para treinamento. O treinamento está acontecendo na Ordem Pública, onde era a Cadeia Pública de Santo Amaro. “Eles se apresentam e fazem aquele treinamento básico com o uso de máscara e álcool gel. Após uma hora eles são liberados”.
A Guarda Mirim já participou ainda de atividades no ano passado, como o 2 de Julho, e esse ano participou do 13 de Março. Isso para não ficarem parados. “A partir de hoje quem quiser se inscrever, as inscrições estão abertas. Aqueles que estão, que são os oficiais, os aspirantes e os novatos, já podem ir em bom vapor porque nós estamos medindo os uniformes. Estou fazendo essa convocação para o mais rápido possível”. Ele pede que todos frequentem ainda a entidade no dia de sábado porque quer todos treinados e para que ele consiga colocar a tropa em forma daqui a 30 dias.
São ao todo 150 alunos na Guarda Mirim. Antes eram 300. A baixa aconteceu porque, com a pandemia, não tinha como funcionar. Para Amilton, a grande preocupação no momento está sendo as bandas de fanfarra. “Nós nos reunimos e conversamos. A nossa maior preocupação hoje é esse retorno. Para mim não é tão difícil, mas para as bandas é muito difícil. A juventude hoje já não quer nada se não tiver um apoio e, com a pandemia, recuou muito. Tem que voltar a funcionar tudo para tudo para irmos com todo vapor”.
Ele quer ainda aumentar o grupo. Quer sair de 150, chegando aos 300 de anteriormente. São 33 anos da Guarda Mirim de atividade e nesse tempo sempre houve meninos para participar. A partir dos 9 anos e até os 14 anos qualquer criança que queira participar da Guarda pode fazer a sua inscrição. “Fiz um acordo com os companheiros do Exército e com a Marinha para que os meninos ficassem até os 17 anos e, saindo de lá, ingressarem na carreira militar. Hoje eu acompanho esses meninos até eles ingressarem nas Forças Armadas. Muitos fizeram concurso para a Polícia militar e lá estão e ainda os que vão para empresas privadas”.
Com a amizade e confiança que conseguiu ao longo dos anos com as Forças Armadas, Amilton indica meninos para sejam testados e, se estiverem aptos, sejam escolhidos. “Dos meninos indicados por mim um está nos Fuzileiros Navais, outro está na Polícia de São Paulo e quatro no BOPE (Batalhão de Operações Especiais) no Rio de Janeiro”, diz.
Amilton está em negociações para conseguir uma sede para a Guarda Mirim. Para poder voltar a funcionar regularmente, precisa que as aulas voltem. A educação funcionando, a Guarda funciona normalmente. Ele diz ainda que a prefeita Alessandra Gomes, quando ainda era secretária de Assistência Social, já ajudava a Guarda Mirim. “Ela sempre resolveu os nossos problemas porque gosta das crianças da nossa cidade. Isso não falo por política porque não sou político, mas não posso mentir. Sou militar até morrer e não vou mentir. A maioria das coisas que ainda temos foi da gestão dela”.
O regime, ainda conforme Ailton, e do qual ele não abre mão é o militar. Isso porque a Guarda nasceu dentro da Companhia da Polícia Militar. A procura dos pais para colocarem seus filhos na entidade é grande. Só diminuiu com a pandemia. O custo para manter não é alto. “Você gasta hoje com a Guarda Mirim R$ 10 mil. Ano que vem se for muito será R$ 6 mil. As pessoas já conhecem como desempenhamos o trabalho e por sabermos como fazer não tem como gastar muito”.
A Guarda Mirim ajuda ainda os idosos porque quando os meninos iriam treinar na praça eles ficam olhando. “Eles já iam para lá às 16h para ficar olhando os meninos treinando. Queremos voltar a ter isso”.
Como critério de sexualidade, ele disse que não tem. “Nós não olhamos esse lado. Nós só olhamos o jovem. A questão dele pessoal é dele”, ressalta. O coordenador lembra que já saiu da Guarda Mirim um oficial homossexual. “Ele saiu de lá comandando, com todo respeito. Já saíram meninas casadas também. E isso com todo o respeito. Já tivemos meninas grávidas também que foi dada a baixa com todo da solenidade".
Sobre como o jovem deve explicar algo sobre a sua sexualidade, o coordenador pede que eles escrevam. Que coloquem no papel o que eles querem para ele possa saber. "Eles têm que aprender a escrever o que querem e me comunicar. Porque se não vira fuxico. Escrevam para mim e qualquer coisa. Me digam a verdade e eu lerei. Se vier falar de boca eu não vou dar atendimento porque de boca para mim não vale”.
Para se inscreverem os jovens devem ir na Ordem Pública. Amilton parabenizou a secretária de Ordem Pública, Sandra Moraes e sua assistente, dona Luluca e toda a comunidade que trabalha no local que vem dando o apoio aos jovens. “Nós temos água, se tiver um lanche corremos atrás. “Esse apoio da secretária está sendo muito importante para eles”, finalizou.
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