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Feira de Santana Trânsito

Diretor do HGCA pede mais fiscalização no trânsito de Feira para evitar superlotação da unidade

Segundo Pitangueira, maioria dos pacientes são de traumas causados por acidentes de trânsito por quem não tem documentação ou está bêbedo.

14/12/2021 11h54
Por: Karoliny Dias Fonte: Boca de Forno News
Foto: Max Haack / Ag. Haack
Foto: Max Haack / Ag. Haack

José Carlos Pitangueiras, diretor do Hospital Geral Clériston Andrade, falou sobre a superlotação do local e sobre a demora da regulação para a transferência de pacientes. Segundo o diretor, a maioria de pacientes da unidade é daqueles que sofrem acidentes de trânsito. Os motivos são diversos, mais os principais são bebida alcoólica e dirigindo ou pilotando sem habilitação.

“Tem que mudar. O que não pode é termos 60 pessoas a mais pela manhã na emergência do HGCA e depois que não presta é a regulação. O lugar do ortotrauma, onde chega os acidentados, que cabem sete pessoas, tinha 28 pela manhã. Teremos que ver o que será feito”, afirmou.

Pitangueira cobrou mais fiscalização no trânsito da cidade. “Tem que ser feita blitze, fiscalização. Dirigir bêbado tem que ser fiscalizado. O que não pode é não ter quase ninguém para dar alta por causa das proporções dos acidentes de trânsito. Temos pacientes aqui que caiu de moto porque estava ‘empinando’. Tem que parar com isso”, disse.

Neste fim de semana, conforme Pitangueira, foram 34 acidentes de moto, 15 acidentes de carro, 14 quedas e nove acidentes envolvendo animais. “E fora as pessoas que já tínhamos aqui. Esses acidentes de moto ocupam leitos de 130 a 140 dias. Se tínhamos 40 pessoas, vamos ter que ficar com 70 quando for feita uma nova triagem. Ou melhora essa situação ou não tem hospital que aguente”, reclamou.

O diretor disse que é preciso se fazer blitze rigorosas para quem consome bebidas alcoólicas e utilizam veículos e também para quem não tem os documentos necessários para se dirigir carros ou pilotar motos. “Quem é trabalhador não bebe pilotando. Não quero que tirem o pão do trabalhador, quero que tirem daqueles irresponsáveis que ficam na porta do bar. Tem a Lei Seca. Se estiver bebendo tem que prender mesmo”, falou.

No momento, o diretor disse que todos os leitos de ortotrauma e de cirurgia estão ocupados por quem sofreu algum acidente de trânsito. “Quando não tem mais leitos no ortotrauma temos que colocar nos leitos de cirurgia. Ficamos cheios desses pacientes, temos pacientes nas UPA’s esperando por vagas e no final quem não presta é a regulação, que dizem que não funciona”, diz.

A regulação tem que ter leitos para fazer as transferências. O diretor reclamou que na segunda-feira passada (6), apenas durante a noite, foram 11 acidentes de moto. “Tem alguma coisa errada nessa situação”, alerta.

Pitangueira ressaltou que o HGCA crescerá mais e terá 500 leitos. “Ainda assim, em 15 dias precisaremos de mais 500. Tínhamos quatro centros cirúrgicos e agora temos 11. Se colocarmos 20 vai encher do mesmo jeito. Temos seis cirurgiões, cinco ortopedistas, quatro anestesistas e não dão conta. Se colocarmos mais enche em 48 horas”. Como exemplo, ele citou as UTI's que eram utilizadas para quem teve COVID-19 que foram desativados. Conforme Pintagueira, esses leitos de UTI encheram em dois dias.

Com informações do repórter Reginaldo Lima.

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