O governador Rui Costa chamou de “traíras” os deputados que votaram a favor da PEC dos Precatórios, aprovada na madrugada de hoje na Câmara dos Deputados por 312 votos a 144. O governador comparou ainda os que votaram na PEC aos portugueses que entregavam bugigangas em troca que ouro e diamante dos índios.
Fala que foi totalmente rechaçada pelo senador Otto Alencar (PSD). O senador afirmou nesta quinta-feira (5) que a orientação pelo voto favorável da bancada baiana do PSD partiu de acordo com o governador baiano. Ele ressaltou que não aceita a orientação pelo voto favorável da bancada baiana do PSD partiu de acordo com o governador baiano. “O PSD na Bahia só aceita aliança se for respeitado”, disse.
O senador garantiu ainda ser um aliado fiel e que por isso não aceitaria agressão ao seu partido, nem a membros do meu partido. “Quem sugeriu o parcelamento em três parcelas (dos recursos do Fundef cujo pagamento foi definido em julgamento do Supremo Tribunal Federal) foi o governador Rui Costa. O governador me autorizou a conversar com o presidente (da Câmara dos Deputados) Arthur Lira. Conversei com a bancada, com o presidente Arthur Lira e depois conversei com o governador sobre o assunto. Ontem à noite conversei com o governador e ele não me pediu que orientasse o voto contra”.
Otto afirmou ainda que a única divergência foi sobre o período de pagamento das parcelas, que seria disposto em 2022, 2023 e 2024. Ele explicou ao governador que, por haver uma decisão do STF, não caberia especificar na PEC as datas de pagamento das parcelas. “Ontem, às 22h, liguei para o governador e expliquei isso. A negociação partiu da orientação do governador Rui Costa, portanto não aceito e repilo isso [a acusação de ser traidor ou de ser vendido, como diz a nota do PT sobre os deputados que votaram favoráveis à PEC]. Nos coloca como adversários e temos sido aliados fiéis”, disse Otto Alencar. O senador ainda disparou: “O governador me disse que se pagar os R$ 10 bilhões em 2022, não tem nem como gastar”.
O senador chamou ainda de “mentirosa” a nota divulgada pelos deputados petistas da Bahia. “Temos tradição de cumprir compromissos, por isso repilo a nota mentirosa dos deputados federais do PT. O PSD tem toda altivez e autonomia de não aceitar. O PSD só tem aliança quando é respeitado”, repetiu Otto Alencar. “Os compromissos que assumi com [o senador Jaques] Wagner, Rui e Lula, eu sempre cumpri”.
Ele lembrou que, conforme combinado com o governador, o partido votou contrariamente à proposta do ICMS. A posição, ainda de acordo com Otto, foi liderada pelo deputado federal Otto Alencar Filho (PSD). Otto Filho também foi um dos parlamentares baianos que votaram favoravelmente à aprovação da PEC dos Precatórios. O senador citou seu voto contrário ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, o seu posicionamento durante toda a CPI da Covid e o seu enfrentamento aos partidos bolsonaristas para chancelar a sua fidelidade
Nota do PT baiano
Os deputados federais petistas disseram, em nota, que na votação ocorrida na madrugada desta quinta-feira (4), venceu “a mentira, o calote e a chantagem e que estava sendo favorecido o “varejão na política”.
“Vence a mentira, o calote e a chantagem. Uma noite que marca uma grande derrota para o país e amplia o volume de recursos fisiológicos e do orçamento paralelo, que poderá receber dezenas de bilhões às custas do descumprimento de ordem constitucional dos precatórios já transitados em julgados pelo STF, além dos calotes aos estados. Promessas foram feitas aos estados e representações da educação, mas tem alguém acreditando? Perde o Brasil”, afirmou Zé Neto.
Jorge Solla chama de indefensável para quem se diz opositor a Bolsonaro ter vendido seu voto. Segundo o deputado, dos R$ 94 bi liberados para a Proposta, R$ 47 bi são destinados ao orçamento paralelo para Bolsonaro tentar se reeleger por meio da liberação de dinheiro para a base de parlamentares do presidente. “Para o varejão da política”, afirmou Solla.
O deputado Joseildo Ramos ressaltou que o governo pretende usar a PEC 23 para adiar o pagamento de R$ 91 bilhões devidos pela União, condicionando a execução do programa Auxílio Brasil à aprovação do projeto. “Utilizando politicamente a fome de brasileiros para dar um calote em muita gente”.
Com informações do site Política Livre
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