O agora ex-comandante da Polícia Militar, Coronel Anselmo Brandão, deixou oficialmente o Comando da Polícia Militar da Bahia e passou o cargo para o coronel Paulo Coutinho, na manhã de hoje (13), no Quartel da PM, na capital baiana. Coronel Anselmo pretende apresentar a sua pré-candidatura a deputado federal nas próximas eleições. O objetivo do dele é representar o sistema defesa social. “São os policiais militares, civis, bombeiros, Departamento de Polícia Técnica, OAB, Poder Judiciário, Ministério Público, Polícia Penal, vigilantes, porteiros. Essas são categorias que ajudam na segurança pública para trazer mais recursos, consigamos fazer modificações de leis porque estamos com leis muito arcaicas, o que traz um sentimento grande de impunidade”, afirmou.
Se eleito, ele pretende levar propostas em prol dessas categorias ao Congresso Nacional. Coronel Anselmo, que agora faz parte da reserva da PM, ainda não sabe por qual sigla partidária apresentará a sua candidatura. “Ainda não decidi. Estou buscando um partido, por coerência, reconhecimento e gratidão, dentro da base do Governo do Estado porque servi a ele, fui indicado por ele. Independente de quem for o presidente da República a única coisa que quero é lugar de fala. Quero estar junto representando meus pares e minha categoria”, disse.
Já houveram outras tentativas de se endurecer a leis para a diminuição da violência e da impunidade do Brasil, mas a maioria delas não deu certo. Questionado sobre se existia uma razão para que as mudanças não acontecessem, coronel Anselmo afirmou que para entrar na política é preciso sonhar, mas ele não pretende se eleger para ser mais um no Congresso. “Fui comandante geral da PM, fiz parte do Conselho Nacional dos Comandantes Gerais que e um conselho muito forte. Poucas pessoas falam sobre leis na tribuna da Câmara Federal. Estamos vendo criminosos sendo presas e saindo no outro dia. Traficantes com centenas de quilos de drogas sendo presos e com poucos dias sai da prisão. Não é a justiça, é a fragilidade das leis”, explicou.
Juazeiro
Coronel Anselmo colocou ainda a sua vontade de ser prefeito da cidade de Juazeiro. Perguntado sobre se sua base eleitoral ficará na cidade, coronel Anselmo respondeu que trabalhará em todo o estado. “Quero ser votado em todos os municípios porque em cada um deles residem policiais que eu comandei. Quero ser votado pela minha tropa”, disse.
Se eleito deputado, Anselmo disse que existe a possibilidade de ser candidato a prefeito de Juazeiro, mas isso ainda não está em seus planos atualmente. “Quero levar projetos estruturantes porque a cidade é muito carente e é a minha base. Podemos levar projetos fortes para a cidade. Vou lutar para ter votos lá, mas só com os votos da cidade acredito que não consiga me eleger e por isso vou visitar todas as cidades do estado”, disse.
Brasil, país armado
Coronel Anselmo falou ainda sobre a imensa quantidade de armas que existem no país, principalmente nas mãos dos bandidos. O coronel acredita que as fronteiras do país não estão completamente desguarnecidas. “Enquanto não houver um controle, com leis mais duras para quem tem armas clandestinas não melhorará. As facções estão andando com fuzis. A droga também é uma grande culpada para que isso aconteça. Precisamos de leis fortes para que não se suprima o cidadão de bem que quer ter uma arma”.
Drogas
Coronel Anselmo afirmou ainda que o alto consumo de drogas no país influencia na violência. “Pensamos apenas na droga, mas precisamos pensar em quem consome. Quando evitamos o consumo teremos menos drogas e menos armas nas ruas, mas só se pensa em reprimir. Reprimir é importante, mas precisamos ver esses meninos que entram com 12 anos no crime. São jovens que lá atrás não tiveram proteção da família e do estado”, explicou.
Política e PM
O tenente-coronel Amon Pereira Gomes, ex-comandante da 64ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar) de Feira de Santana afirmou recentemente que para alcançar vôos altos na corporação é preciso levantar bandeiras políticas. Comentando a declaração do colega, coronel Anselmo chamou sua declaração de equivocada. “Ele falou isso enquanto eu era comandante. Muito pelo contrário. Fui indicado pelo governador Rui Costa para ser comandante após uma entrevista. Eu nunca recebi um pedido de ser de qualquer partido. Temos que respeitar porque é o ponto de vista dele”.
Anselmo disse que nunca teve nenhum entrevero com o tenente-coronel. “Ele chegou a ser indicado em alguns momentos, mas quem escolhe é o governador. Ao menos em meu comando não houve nenhuma indicação política”.
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