O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) sugeriu que o ex-presidente Lula (PT) siga o exemplo da ex-presidente argentino Cristina Kirchner e não dispute as eleições de 2022 como candidato à Presidência da República, em prol de uma aliança contra Bolsonaro.
A fala de Ciro foi feita durante debate sobre a proposta de reforma administrativa em discussão no Congresso. Ele pediu que o petista não imite o “exemplo desastrado” dos presidentes da Bolívia e da Venezuela, e, sim, o de Cristina, que deu “um passo para trás” ao aceitar ser vice de Alberto Fernández, atual presidente argentino.
“A gente devia pedir generosidade a quem já teve oportunidade, como o Lula, que é um grande líder da história brasileira, mas a gente devia pedir a ele que se compenetrasse e que não imitasse o exemplo desastrado do Maduro na Venezuela ou o exemplo desastrado do Evo Morales na Bolívia. E que olhasse o que a Cristina Kirchner fez na Argentina, em que, tendo uma força grande, deu um passo pra trás e ajudou a Argentina a se reconciliar”, afirmou.
Para Ciro, os escândalos de corrupção que marcaram as gestões petistas podem minar a campanha de Lula.
“Imaginem vocês uma campanha em 2022, o Bolsonaro querendo se recuperar da impopularidade, a lembrar da esculhambação do Palocci, a esculhambação do Zé Dirceu, a esculhambação não sei de quem. Eu não digo nem que seja verdade ou que seja mentira, eu estou dizendo é o que eu estou vendo pela minha experiência [...] É fazer de novo a campanha antipetista em cima dos exemplos”, disse.
“Derrotar Bolsonaro é muito importante, não por ódio a ele, mas para derrotar o desastre que ele está produzindo, na saúde, na economia, na relação internacional, em que o Brasil está desmoralizado. ”
Para que isso ocorra, Ciro defendeu que o Brasil precisa de projetos nacionais e de uma “ampla aliança”. “Quem vai operar esse novo projeto nacional é a política, uma nova e ampla aliança, generosa aliança que vai permitir ao Brasil se reconciliar consigo mesmo. ”
Na semana passada, Ciro Gomes assinou, junto a outros 6 possíveis candidatos à Presidência, um manifesto em defesa da democracia. O movimento foi visto como uma busca por viabilizar uma alternativa que seria de centro, para combater uma eventual polarização política entre Bolsonaro e Lula em 2022.
O documento foi assinado por Ciro (PDT), João Amoêdo (Novo), João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Luciano Huck (sem partido).
Pesquisa Paraná Pesquisas: Lula vence no 1º turno em todos os cenários para 2026
Elogio Jerônimo elogia postura “altiva” de Lula em encontro com Trump
Nova eleição Filho de prefeito cassado por envolvimento com o Comando Vermelho vence a eleição e assume o cargo do pai
Política Em Salvador, ministro promete “lutar” por apoio do MDB a Lula
Política “São R$ 89 milhões de investimentos em Santanópolis”, afirma Vitor do Povo
Resposta Prefeitos investigados por desvio de dinheiro rebatem acusações 
Mín. 19° Máx. 29°
Mín. 19° Máx. 32°
Parcialmente nubladoMín. 20° Máx. 33°
Tempo limpo



